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Opositores correm risco de vida na Venezuela, diz CIDH

21 de abril de 2015

Comissão Interamericana de Direitos Humanos entrou com pedido de medidas cautelares e de proteção para líder da oposição venezuelana, Leopoldo López, e Daniel Ceballos. Dissidentes estão presos há mais de um ano.

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Festnahme Leopoldo Lopez
Leopoldo López, líder opositor venezuelano, foi preso em fevereiro de 2014Foto: Reuters

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) anunciou nesta segunda-feira (20/04) o pedido de medidas cautelares e de proteção em favor de opositores do governo na Venezuela. A CIDH considera que as vidas do líder da oposição, Leopoldo López, e do prefeito da cidade de San Cristóbal, Daniel Ceballos, correm perigo.

López e Ceballos estão presos há mais de um ano na penitenciária militar de Ramo Verde, na cidade de Los Teques. A CIDH explicou através de comunicado que Leopoldo López e Daniel Ceballos "se encontram numa situação de gravidade e urgência".

A entidade, baseada em Washington, é parte da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pode requerer tais medidas com o objetivo de evitar o que classifica como "danos permanentes" a pessoas.

A CIDH solicitou à Venezuela que adote as medidas necessárias para preservar a vida e a integridade pessoal de Leopoldo López e Daniel Ceballos, e que "assegure que as condições de detenção deles respeitem padrões internacionais".

Já em agosto de 2014, a entidade recebeu um pedido de medidas cautelares para quatro líderes da oposição, apresentada pela ONG Observatório Venezuelano de Prisões.

Esta é a quarta medida cautelar expedida pela CIDH nos últimos dois meses para proteger cidadãos do país. Em março, a entidade outorgou medidas de proteção a quatro ativistas dos direitos humanos e dois estudantes presos.

O líder opositor venezuelano Leopoldo López completou um ano na prisão em fevereiro. Fundador do partido Vontade Popular, ele é acusado de ser o mentor intelectual da violência de 12 de fevereiro, quando uma manifestação pacífica contra o governo Nicolás Maduro terminou com atos de vandalismo contra a sede do Ministério Público, a queima de carros da polícia e a morte de dois manifestantes.

Já Ceballos foi detido em 19 de março de 2014, acusado de delito de "rebelião pública e conspiração".

MD/afp/dpa