Oposição nega apoio para proibição de partido neonazista
7 de fevereiro de 2002Os partidos de oposição conservadora democrata-cristã (CDU), social-cristã (CSU) e neocomunista (PDS) rejeitam a nova tomada de posição do Parlamento da Alemanha, junto ao Tribunal Federal Constitucional, sobre o pedido de proibição do Partido Nacional Democrata (NPD), neonazista.
Os neocomunistas anunciaram que não concordam com o documento que a Comissão do Interior aprovou nesta quarta-feira, por considerar as informações insuficientes. Os partidos de centro-direita, por sua vez, exigem que o documento seja alterado e insistem na renúncia do ministro do Interior, Otto Schily. Assim, os dois partidos governistas social-democrata (SPD) e o Verde terão que apresentar sozinhos o documento, até segunda-feira (11).
A corte constitucional em Karlsruhe paralisou o processo e exigiu uma nova posição do governo e do Parlamento, em 22 de janeiro, depois de descobrir que a principal testemunha foi um agente secreto infiltrado no partido neonazista.
O pedido de extinção do NPD havia sido apresentado, no final de 2001, em conjunto pelo governo e as câmaras baixa (Bundestag) e alta (Bundesrat) do Legislativo, com o apoio de todos os partidos políticos. As principais justificas do governo para o pedido de proibição do NPD é sua semelhança com o partido nazista de Adolf Hitler e o envolvimento de filiados em crimes contra estrangeiros.
O agente infiltrado que gerou a celeuma, Wolfgang Frenz, foi vice-presidente do NPD no Estado da Renânia do Norte-Vestfália e trabalhou para o serviço secreto como informante ocasional até 1995. Depois que a corte constitucional descobriu Frenz, o Ministério do Interior já teve de admitir que usou outros militantes do NPD como informantes desse partido neonazista.