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Opções eram acordo ou guerra, diz Obama sobre Irã

15 de julho de 2015

Presidente americano volta a defender pacto de Viena e pede apoio do Congresso, alegando que resistência poderia pôr em risco segurança dos EUA. Segundo ele, Washington ainda tem profundas diferenças com Teerã.

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Foto: Getty Images/A. Wong

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira (15/07) o apoio dos congressistas americanos ao acordo nuclear fechado com o Irã. Segundo ele, se opor ao pacto firmado em Viena poderia aumentar a probabilidade de uma guerra no Oriente Médio e acelerar uma corrida armamentista na região, ameaçando a segurança americana.

"Essa é a escolha que enfrentamos", afirmou Obama em entrevista coletiva na Casa Branca. "Se não escolhermos sensatamente, eu acredito que gerações futuras nos julgarão duramente por termos deixado esse momento passar", acrescentou.

Um dia após a assinatura do acordo, Obama partiu para ofensiva e tentou convencer os céticos a aprovarem a medida no Congresso, dominado por republicanos. Ele admitiu também que compartilha das preocupações de Israel e dos parceiros da região do Golfo de que, com o fim das sanções, o envio de armas para o Irã poderia trazer mais conflito e caos para a região.

Porém, Obama ressaltou que o acordo é a melhor maneira de evitar que o Irã represente uma ameaça maior – numa referência à possível construção de uma bomba atômica. O presidente disse ainda que Washington não está procurando "normalizar as relações diplomáticas" e que, apesar do acordo, as "profundas diferenças" com o país permanecem.

"Nós estamos tentando encorajá-los a seguirem um caminho mais construtivo? Claro, mas nós não estamos apostando nisso", afirmou Obama.

O presidente americano desafiou ainda os críticos a apresentarem uma alternativa viável, lembrando que as duas únicas opções eram negociar um acordo para impedir as ambições nucleares de Teerã ou a guerra.

"Ou a questão de o Irã adquirir armas nucleares é resolvida diplomaticamente, por meio de negociação, ou é resolvida à força, através da guerra. Essas são as opções", ressaltou Obama.

Resolução na ONU

Para reforçar o acordo, Washington apresentou nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma proposta de resolução que poderá ser votada já no início da semana que vem.

A resolução procura a aprovação formal da ONU sobre o acordo. E substituiria o quadro de sanções existentes, aprovadas pelo Conselho de Segurança, pelas restrições estabelecidas no tratado fechado nesta terça-feira.

CN/rtr/afp