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Otimismo cauteloso na Feira de Hanôver

av18 de abril de 2004

A maior mostra do setor industrial no mundo responde a dois tipos de impulso: por um lado, a esperança na ampliação da UE, por outro, a conjuntura ainda frágil.

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A Feira Industrial de Hanôver atrai expositores e visitantes de todo o mundoFoto: AP

A Feira de Hanôver foi realizada pela primeira vez em 1947, como mostra de desempenho da indústria alemã, e ainda sob ordens das forças de ocupação britânicas. Entre as atrações de então estavam o menor motor a diesel do mundo, próteses dentárias e o Fusca da Volkswagen. Ao longo destes quase 60 anos, o evento tornou-se a maior mostra industrial do mundo.

Ela se realizará este ano entre 19 e 24 de abril, sob o slogan "Saber o que se pode fazer amanhã". A feira ganha um caráter de grande acontecimento político e social, devido à proximidade da ampliação da União Européia. O ingresso do Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca está marcado para 1º de maio.

Menos expositores

Firmas de quase todos os novos países-membros estão representadas em Hanôver. Dietmar Harting, presidente da Central da Indústria Elétrica, explica o porquê do clima geral de expectativa: "Com 450 milhões de habitantes, a nova Europa constituirá um megamercado. Mas primeiro tem que se tornar um megamercado. Só os negócios com os novos membros alcançaram 110 bilhões de euros em 2003, um volume comparável ao com os Estados Unidos".

Um outro número é também relevante: a Alemanha investe quase 30 bilhões de euros nos novatos do Leste e Sudeste Europeu. Este fato explica por que bem mais da metade dos expositores vêm da própria Alemanha. Mas ainda falta confiança numa rápida melhora da conjuntura, por isso o otimismo mantém-se moderado, como explicou o presidente da Confederação das Indústrias Alemãs (BDI), Michael Rogowski.

"Temos sinais de um reaquecimento, mas também outros de que é preciso olhar com cautela para o futuro", declarou Rogowski. Para a indústria alemã, a mostra acumula as funções de "barômetro econômico" e de impulsionadora da conjuntura. Com 5040 estandes, este ano ela terá 1200 expositores a menos do em 2003. Naquele ano a guerra do Iraque e a debilidade conjuntural já lhe custara 10% do número usual de expositores.

Evento para especialistas –

Englobando oito exposições com temas definidos, a feira deste ano se dirige, mais do que nunca, sobretudo ao público especializado. Ela procura ilustrar os processos de produção e automação na indústria, oferecendo soluções para todo tipo de problema técnico. Segundo Sepp Heckmann, diretor da Feira de Hanôver: "A Alemanha é campeã mundial na automação industrial, um setor importante para manter nossa competitividade. Automação e racionalização também são vitais para a indústria nacional".