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Dependentes do turismo na UE querem abertura das fronteiras

26 de maio de 2020

Dia 15 de junho, provável data para volta do trânsito de turistas entre os países do bloco, será o Dia D para o setor no continente, antes do início das férias de verão. Algumas nações já adotam medidas nesse sentido.

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Restaurante em Veneza aguarda a chegada de clientes antes do início da temporada de férias na Europa
Restaurante em Veneza aguarda a chegada de clientes antes do início da temporada de férias na EuropaFoto: Reuters/M. Silvestri

O dia 15 de junho será o Dia D para o turismo europeu, afirmou o ministro italiano do Exterior, Luigi Di Maio, se referindo à provável data da reabertura das fronteiras entre os países do continente, pouco antes do início das férias de verão.

Os países europeus planejam a reabertura após três meses de medidas de confinamento e do fechamento das fronteiras para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. O setor do turismo é um importante gerador de renda para muitos dos países do Mediterrâneo, como Itália, Espanha, Portugal, Croácia e Grécia.

"Estamos trabalhando para que no dia 15 de junho possamos estar aptos a reiniciar todos juntos na Europa", afirmou Di Maio. "Será como um Dia D europeu para o turismo", afirmou nesta segunda-feira (25/05) à emissora estatal RAI, se referindo à data sugerida pela Alemanha para a reabertura das fronteiras aos cidadãos da UE.

O governo alemão planeja suspender o alerta de viagem a 31 países europeus no dia 15 de junho. Além dos 26 membros da União Europeia (UE), também estão na lista Reino Unido e os outros quatro países do espaço Schengen que não são membros da UE: Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein.

A informação consta em um projeto intitulado "Critérios para permitir o turismo interno na Europa", que será debatido pelo gabinete da chanceler federal Angela Merkel nesta quarta-feira.

Para o Ministério alemão do Exterior, o retorno das viagens às vésperas do verão e da temporada de férias na Europa será importante para o setor do turismo e para a estabilidade econômica das demais nações do continente.

Segundo o projeto, a advertência de viagem deve ser substituída por informações individuais, destinadas a mostrar os riscos de cada país. A fim de garantir a melhor proteção possível aos turistas, o governo alemão sugere que a UE adote critérios comuns.

O governo da Itália negocia com as autoridades austríacas que se recusam a abrir a fronteira entre os dois países. Di Maio, porém, disse ter recebido garantias de Viena de que os turistas alemães terão a passagem liberada.

Países como a Eslovênia, Croácia e Grécia já anunciaram o alívio nas restrições de viagens e revelaram estratégias reforçar a reabertura com base em acordos bilaterais e na situação epidemiológica de cada país.

No dia 15 de maio, a Eslovênia se tornou o primeiro país a declarar o fim da epidemia de covid-19 em seu território. Nesta terça-feira o governo removeu as restrições para cidadãos da UE e do espaço Schengen, permitido a entrada de qualquer pessoa que tenha reserva em hotéis.

A Grécia, país dependente do turismo cuja economia ainda sofre os efeitos de uma grave recessão, publicou uma lista de países – alguns destes de fora da Europa – cujos cidadãos terão a entrada no país permitida após o dia 1º de junho sem a necessidade de serem testados ou submetidos a um período de isolamento.

A Croácia já anunciou que abrirá suas fronteiras sem restrições aos cidadãos da UE a partir desta sexta-feira.

Na Europa Central, a República Tcheca, Eslováquia e Hungria permitirão o livre trânsito de seus cidadãos entre suas fronteiras, na condição de que retornem a seus países de origem dentro de 48 horas. Caso esse período seja excedido, as pessoas terão de passar por duas semanas de quarentena. Os estrangeiros ainda não terão a entrada permitida.

Com as diferentes condições impostas nas diversas regiões da Europa, a Alemanha tenta avançar uma proposta para estabelecer critérios comuns  para as nações do bloco europeu, e poderá propor um método já em prática no país.

Na Alemanha, uma localidade deve retomar as medidas mais rígidas de restrição se forem registrados mais de 50 casos de covid-19 em 100 mil habitantes durante um período de sete dias. Entretanto, segundo fontes próximas ao governo em Berlim, o país deverá manter as regras de distanciamento social até o dia 29 de junho.

RC/dpa/rtr

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