Papa chega aos EUA para visita histórica
23 de setembro de 2015Depois de deixar Cuba, o papa Francisco desembarcou nesta terça-feira (22/09) na base naval Andrews, no estado americano de Maryland, onde foi recebido pelo presidente Barack Obama, a primeira-dama Michelle e as duas filhas do casal, em meio a um forte esquema de segurança.
Centenas de pessoas comemoraram a chegada do pontífice, que foi cumprimentado por militares, crianças e bispos. O papa seguiu de carro para a missão diplomática do Vaticano em Washington.
Na visita histórica de seis dias aos Estados Unidos, o pontífice argentino fará a primeira canonização em solo americano, um discurso inédito de um papa no Congresso dos EUA e irá defender a agenda do clima na sede da ONU, em Nova York. Francisco também deve falar sobre imigração, injustiças sociais e desigualdade econômica e visitar detentos na Filadélfia.
O primeiro compromisso em Washington será um encontro com Obama na Casa Branca, nesta quarta-feira (23/09). Depois, o papa deve fazer um discurso em inglês a cerca de 20 mil pessoas nos jardins da residência presidencial.
O ponto alto da visita é um pronunciamento no Congresso americano, na quinta-feira. No avião, a caminho de Washington, Francisco disse a jornalistas que não irá comentar o bloqueio econômico a Cuba diante dos parlamentes. No mesmo dia, Francisco faz um discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York. Ele é o quarto papa a visitar o país.
Cuba
Antes de embarcar aos EUA, Francisco encerrou a visita de três dias a Cuba num momento de aproximação entre Washington e Havana. Ele foi responsável por mediar a abertura das relações diplomáticas entre EUA e Cuba,
Em sua última missa na ilha, no Santuário da Virgem da Caridade, na cidade de Santiago, o papa pediu reconciliação entre os fiéis e disse que a fé dos cubanos permanece viva apesar das dificuldades. Segundo Fancisco, a ilha precisa agora de uma "revolução de ternura". O papa também passou pela capital Havana e a cidade de Holguin.
O pontífice disse que não foi informado sobre detenções de dissidentes durante sua visita a Cuba. A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional denunciou que cerca de 150 pessoas foram presas durante a visita, em meio a um clima de repressão.
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