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Pacote climático

DPA (rw)6 de dezembro de 2008

Lento avanço na negociação entre presidência francesa da UE e países do Leste Europeu em relação a ambicioso pacote climático do bloco. Segundo premiê polonês, Sarkozy está disposto a fazer concessões.

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Maior parte da energia na Polônia é produzida com carvão, como na usina de TurovFoto: picture-alliance/ dpa

"Estamos nos aproximando lentamente de um acordo sensato", afirmou o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, após o encontro com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, neste sábado (6/12), nas proximidades de Gdansk, na Polônia.

Na reunião com nove chefes de governo de países da União Européia localizados na Europa central e oriental, Sarkozy, que ocupa a presidência rotativa do Conselho da UE, tentou remover resistências ao pacote climático a ser ratificado na cúpula do bloco em Bruxelas na próxima semana.

Após a reunião, Sarkozy disse estar seguro de que será possível chegar a um consenso no encontro de cúpula. Por seu lado, o premiê polonês advertiu que até lá ainda há muito a ser feito.

Impacto na economia

Devido à crise financeira, os países do leste da Europa que se filiaram mais recentemente à União Européia temem impactos para suas economias, caso coloquem em prática as exigências contidas no ambicioso pacote climático do bloco de 27 nações. Entre as metas, está a redução em 20%, até o ano de 2020, das emissões de poumentes em relação aos valores de 1990.

O Parlamento Europeu, a Comissão Européia e os 27 países-membros do bloco ainda não chegaram a um consenso sobre a divisão de tarefas. O aspecto mais controverso do ponto de vista polonês é o comércio do direito de emissões de CO2. Varsóvia exige sua introdução em etapas para evitar uma escalada muito rápida do preço da energia. Sarkozy teria considerado a sugestão "muito interessante", disse Tusk.

Forte dependência do carvão

O premiê polonês disse à imprensa local que Sarkozy apóia a sugestão de regulamentações especiais até 2019 para países altamente dependentes de carvão para a produção de energia. O carvão é responsável pela geração de 95% da eletricidade e calor na Polônia.

Outros países da região também têm grande dependência desta matéria-prima. Além da Polônia, a reunião em Gdansk teve a participação da República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Lituânia, Letônia, Estônia, Bulgária e Romênia. Tusk ressaltou também que ele e seus colegas do Leste Europeu apóiam completamente as metas ambientais da UE.