Tragédia
24 de julho de 2010Em um túnel situado nas proximidades do local onde acontece a Love Parade, na cidade de Duisburg, um tumulto público acabou causando a morte de pelo menos 19 pessoas. "Durante um ataque coletivo de pânico, as pessoas foram pisoteadas", declarou um porta-voz da polícia local. Mais 342 vítimas ficaram gravemente feridas e "incontáveis" pessoas receberam socorro médico de urgência.
A organização do evento havia noticiado pouco antes da tragédia que o local onde ocorre a Love Parade teria que ser fechado devido ao número excessivo de participantes,- um total de 1,4 milhão de pessoas. Aproximadamente 1.400 policiais estavam presentes no local. Segundo infomações do Corpo de Bombeiros, dezenas de ambulâncias e nove helicópteros participaram da ação de resgate.
"Falta de ar"
De acordo com um dos participantes ouvido pela agência de notícias dpa, testemunhas alertaram as forças policiais, alguns minutos antes da tragédia, que a passagem subterrânea não comportaria tanta gente: "Eu e minha namorada ficamos quase sem ar lá dentro e só conseguimos sair dando cotoveladas. A seguir, avisamos a polícia de que ali dentro havia risco de pânico", disse um jovem de 21 anos.
"Todas as plataformas da estação ferroviária central da cidade permanecem bloqueadas", afirmou em Duisburg Udo Kampschulte, porta-voz da polícia local, que tenta desviar o fluxo de participantes em direção ao norte do país, enquanto o tráfego ferroviário em direção ao sul mantém-se interrompido.
A rave, no entanto, continuou por mais de cinco horas, "por motivos de segurança", alegaram as autoridades. A Love Parade é a mais tradicional festa tecno do mundo, criada em Berlim, no ano de 1989, pelo DJ Dr. Motte, quando reunía apenas 150 ravers. Em seu período áureo, no ano de 1999, a parade chegou a contar com 1,5 milhão de participantes. Há três anos, o evento foi remanejado de Berlim para a região do Vale do Ruhr, no oeste da Alemanha. Este ano, pela primeira vez um grupo de DJs brasileiros participou oficialmente da Love Parade.
SV/dpa/afp/rtr
Revisão: Augusto Valente