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Pentágono envia soldados para área de Washington

3 de junho de 2020

Cerca de 1.600 soldados poderão ser acionados para auxiliar forças de segurança locais, comunicam militares. Protestos pela morte de George Floyd continuam pelo país, e manifestantes desafiam toque de recolher.

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Manifestantes diante da Casa Branca, em Washington
Manifestantes diante da Casa Branca, em WashingtonFoto: Reuters/J. Bourg

O Pentágono anunciou nesta terça-feira (02/06) ter deslocado cerca de 1.600 soldados para postos militares na área de Washington para apoiar as forças de segurança da capital caso seja necessário, diante dos protestos pela morte de George Floyd, homem negro morto durante ação policial na semana passada.

As tropas ficarão estacionadas inicialmente em bases próximas do Distrito de Columbia e poderão ser acionadas se necessário, comunicou o Pentágono. O deslocamento ocorreu depois de o presidente Donald Trump ter anunciado, na segunda-feira, que iria deslocar "milhares e milhares" de militares armados para conter as manifestações.

O New York Times noticiou que um helicóptero militar deu uma "demonstração de força" ao sobrevoar um grupo de manifestantes em Washington, na noite de segunda-feira, levantando objetos do chão. Segundo o jornal, a manobra é normalmente feita por jatos em áreas de combate, para assustar insurgentes. A Guarda Nacional do Distrito de Columbia afirmou que vai investigar o caso.

O secretário em exercício de Segurança Interna, Chad Wolf, disse nesta terça-feira que o governo federal vai controlar os protestos "a todo custo".

"O Departamento de Segurança Interna e seus parceiros não vai permitir que anarquistas, perturbadores e oportunistas explorem os protestos civis em andamento para saquear e destruir nossas comunidades", afirmou Wolf.

Na Alemanha, o ministro do Exterior, Heiko Maas, criticou a ameaça de Trump de usar militares armados contra os manifestantes. "Em vez de jogar óleo no fogo, é necessário reconciliar", afirmou Maas à revista Der Spiegel. Ele acrescentou que a violência apenas gera mais violência.

Protestos continuam

Dezenas de milhares de pessoas voltaram a protestar pelos Estados Unidos nesta terça-feira, uma semana após a morte de Floyd A maioria dos protestos transcorreu de forma pacífica ao longo do dia, mas houve registro de violência e prisões de manifestantes à noite.

Cerca de 60 mil pessoas saíram às ruas de Houston, no Texas
Cerca de 60 mil pessoas saíram às ruas de Houston, no TexasFoto: Reuters/C. O'Hare

Um dos maiores protestos ocorreu em Houston, no Texas, a cidade natal de Floyd, e reuniu cerca de 60 mil pessoas. Em Los Angeles, a polícia prendeu centenas de pessoas, segundo um porta-voz. Durante o dia, as manifestações foram pacíficas.

Em muitas cidades, os manifestantes desrespeitaram o toque de recolher a partir do início da noite. Em várias manifestações, os participantes deitaram no chão, com as mãos cruzadas às costas, para simbolizar a impotência de Floyd durante a ação policial que resultou na sua morte, em Minneapolis.

Em Washington, cerca de 2 mil pessoas participaram de um protesto em frente à Casa Branca, segundo o Washington Post. A manifestação foi, na maior parte do dia, pacífica, e à noite alguns manifestantes jogaram garrafas de água contra as forças de segurança em frente à Casa Branca.

Manifestantes em Washington deitados no chão, com as mãos às costas
Manifestantes em Washington deitados no chão, com as mãos às costas, para simbolizar a impotência de Floyd durante ação policial Foto: Reuters/L. Wasson

Mais tarde, um grupo de 200 manifestantes ainda estava no local e lançava objetos contra os agentes de segurança, que respondiam com gás lacrimogêneo.

Em Nova York, milhares de pessoas ignoraram o toque de recolher a partir das 20h e continuaram com as manifestações. A polícia afirmou que cerca de 200 manifestantes foram detidos.

AS/ap/efe/ots

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