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Perigo faz Alemanha retirar diplomatas do Paquistão

(ef)25 de maio de 2002

Depois de outros países da União Européia, como a Grã-Bretanha e a França, a Alemanha também vai retirar parte de seus diplomatas e famílias do Paquistão, por causa do crescente perigo de ataques terroristas.

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Indianos fogem do conflito em Caxemira.Foto: AP

O país vizinho do Afeganistão também está em pé de guerra com a Índia, na disputa pela região dividida de Caxemira. A redução de diplomatas alemães e de suas famílias do Paquistão foi anunciada pelo Ministério de Relações Exteriores em Berlim, neste sábado (25). Na embaixada alemã em Islamabad trabalham 40 diplomatas e no consulado em Karachi outros dez.

Em virtude da escalada do conflito entre as duas potências atômicas, Paquistão e a Índia, a Alemanha e seus parceiros europeus já tinham reforçado as medidas de segurança para proteger as representações diplomáticas em solo paquistanês. Mais de dez franceses morreram há algumas semanas na explosão de um ônibus em Karachi.

O ditador militar do Paquistão, Pervez Musharraf, reiterou em Islamabad, neste sábado (25), que o seu governo não quer guerra, mas não tem medo e estaria preparado para um confronto armado com o país vizinho. Ele defendeu, ao mesmo tempo, o teste de mísseis realizado poucas horas antes. "Nós só mostramos a nossa disposição de defesa", disse ele. O governo indiano reagiu com aparente serenidade à notícia sobre o teste de um míssil de médio alcance, também apropriado para ser armado com ogivas nucleares.

Os Estados Unidos intensificaram, enquanto isso, os seus esforços por uma solução política do conflito, a fim de evitar uma guerra entre as duas potências atômicas. O presidente americano, George W. Bush, disse, durante sua visita à Rússia, neste saábado, que está deixando bem claro à Índia e ao Paquistão que uma guerra não traria vantagem alguma. Ele exigiu que Musharraf proíba violações das linhas de demarcação em Caxemira. "É muito importante que os indianos saibam que essa promessa será cumprida", disse Bush.

O presidente russo, Vladimir Putin, se ofereceu como mediador para negociações de paz entre Índia e Paquistão. O encontro deverá ser em Almaty, no Cazaquistão, onde 16 chefes de Estado vão se reunir, no início de junho, na Conferência para Cooperação e Formação de Confiança na Ásia. A Índia acusa o Paquistão de travar uma guerra, com ajuda de terroristas, na parte indiana de Caxemira, e já concentrou 750 mil soldados nas linhas de demarcação. O Paquistão tem 250 mil soldados na região.