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Philae volta a fazer contato

10 de julho de 2015

Depois de duas semanas sem dar notícias, robô reage a comandos e envia dados sobre cometa. Desafio de pesquisadores agora é descobrir motivo de falhas na comunicação.

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Foto: picture-alliance/dpa/ESA/AOES Medialab

Após mais de duas semanas em silêncio, o módulo Philae, que se encontra na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, voltou a fazer contato, confirmou nesta sexta-feira (10/07) o Centro Aeroespacial Alemão (DLR). A inesperada reação intrigou pesquisadores.

"Nós não temos nenhuma explicação, por que ele se comunicou agora e nos outros dias não", afirmou Koen Geurts, engenheiro da DLR. No último domingo, os pesquisadores tentaram ligar o instrumento científico Consert do robô, mas o módulo não reagiu.

De acordo com o especialista, não houve alteração na órbita da sonda-mãe Rosetta em torno do cometa nas últimas três semanas que pudesse explicar essa mudança. Geurts afirma ainda que, até o momento, o Philae sobreviveu a duras condições e reage aos comandos da DLR. "Essas são notícias extremamente boas para nós", ressaltou.

O recente contato aconteceu na noite de quinta-feira e, apesar de várias interrupções, durou ao todo 12 minutos. Entre os dados enviados, estão alguns recolhidos pelo Consert. "Vimos que o comando enviado no dia 9 de julho ligou com sucesso o instrumento", disse Geurts.

Depois de uma viagem de dez anos pelo espaço, o Philae aterrissou finalmente em novembro no destino, tornando-se o primeiro robô a pousar em um cometa. No entanto, o módulo acabou se fixando em uma área de sombra, dificultando a captação de energia solar e a recarga de sua bateria.

Antes de descarregar, o Philae havia conseguido enviar algumas informações sobre o cometa para Rosetta, a 180 quilômetros de distância. Na medida em que o cometa se aproxima do sol, o Philae está acordando aos poucos.

Após sete meses de hibernação, em meados de junho, o módulo fez o primeiro contato. Porém, as interações com o módulo são sempre irregulares. "Precisamos analisar por que funcionou agora e por que não funcionou em outros momentos. Essa é a dificuldade ainda", afirmou a porta-voz da DLR Manuela Braun, acrescentando que a posição exata do robô continua sendo um mistério e é possível que ele esteja parcialmente coberto.

No dia 13 de agosto o cometa irá atingir o ponto mais próximo do Sol. O projeto tem como objetivo avançar nos estudos da formação do sistema solar.

CN/dpa/apf