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Platini anuncia renúncia à presidência da Uefa

9 de maio de 2016

Apesar de redução da pena, recurso contra banimento temporário do futebol falha na Corte Abitral do Esporte. Suspensão é resultado de um pagamento obscuro de 2 milhões de francos suíços da Fifa ao ex-jogador francês.

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Michel Platini, ex-jogador francês e ex-presidente da Uefa.
Foto: picture-alliance/dpa/W. Bieri

Michel Platini anunciou que irá renunciar ao cargo de presidente da Uefa nesta segunda-feira (09/05), depois de sua apelação contra o banimento de atividades ligadas ao futebol ter falhado na Corte Arbitral do Esporte (CAS), embora este tenha reduzido a pena para quatro anos.

Os advogados do ex-jogador francês declararam que a renúncia será formalmente apresentada nos próximos dias. "Michel Platini anuncia que renunciará ao cargo de presidente da Uefa no próximo congresso da organização", diz o texto, acrescentando que Platini ficou "profundamente decepcionado" com a decisão judicial.

O painel da CAS rejeitou o recurso alegando "não estar convencido da legitimidade" do pagamento de 2 milhões de francos suíços (cerca de 7,2 milhões de reais), "que foi reconhecido por Platini e [pelo ex-presidente da Fifa Joseph] Blatter, e que foi efetuado mais de oito anos após o término de suas relações de trabalho".

Os dois já haviam sido suspensos por 90 dias em outubro do ano passado no âmbito de uma investigação sobre tal pagamento a Platini pela Fifa, que teria sido ordenado por Blatter em 2011. O dinheiro seria referente a serviços de consultoria prestados por Platini a Blatter durante 1999 e 2002.

O pagamento "não foi baseado em nenhum documento estabelecido no momento das relações contratuais e não se correlacionou com a alegada parte não paga de seu salário", prosseguiu a declaração da corte.

O painel, no entanto, determinou que a suspensão de seis anos proferida a Platini era "muito severa" e, portanto, decidiu reduzi-la para quatro anos, o que "corresponde à duração de um mandato presidencial". Além disso, a multa de 80 mil francos suíços foi reduzida para 60 mil francos suíços (215 mil reais).

Em 21 de dezembro passado, o ídolo francês havia sido suspenso por oito anos pelo Comitê de Ética da Fifa, pena que foi reduzida para seis anos em fevereiro, após um primeiro recurso.

O Comitê Executivo da Uefa está previsto para se encontrar numa reunião extraordinária em 10 de maio, quando deve ser nomeado um novo presidente da entidade.

PV/afp/rtr/ots