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Polícia descarta ligação entre Masood e grupos terroristas

27 de março de 2017

Investigadores não encontram provas de que autor de atentado no centro de Londres agiu sob comando do "Estado Islâmico", como afirmaram os jihadistas em comunicado. Autoridades acreditam que ele atuou sozinho.

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Atentado em Londres
Atentado no coração de Londres deixou quatro mortos Foto: picture alliance/dpa/I. Aldama

A polícia do Reino Unido afirmou nesta segunda-feira (27/03) que não encontrou provas da ligação entre o autor do atentado em Londres, na semana passada, e grupos terroristas, como o "Estado Islâmico" (EI) e a Al Qaeda.

Segundo o porta-voz da polícia Neil Basu, o autor do atentado nas imediações do Parlamento britânico, Khalid Massod, tinha um claro interesse na jihad, mas não há evidências de que ele conversou sobre os planos do ataque com outras pessoas.

As forças de segurança do Reino Unido acreditam, porém, que o agressor, de 52 anos, teria "copiado" as técnicas de "baixo custo" promovidas por grupos jihadistas para cometer atentados.

Londrinos homenageiam vítimas de ataque

Um dia após o ataque, num comunicado divulgado pelas redes sociais, o EI assumiu a autoria do atentado, que deixou quatro mortos e cerca de 50 feridos na última quarta-feira. Apesar da declaração, a polícia não encontrou evidências de uma conexão com o grupo.

"Seus métodos de ataque parecem estar baseados em técnicas de baixa sofisticação, com pouca tecnologia e de baixo custo copiadas de outros ataques", disse Basu.

As ações de Masood, um britânico nascido como Adrian Russell que adotou esse nome ao se converter ao islã, "lembram a retórica do Estado Islâmico por sua metodologia, e porque ele atacou policiais e civis", ressaltou.

"No entanto, neste momento, não temos nenhuma prova de que ele tivesse planejado isso com outros", acrescentou o porta-voz. De acordo com Basu, também não há evidências de que Masood se radicalizou na prisão em 2003, como havia se especulado.

Investigadores continuam interrogando dois suspeitos, um homem de 30 anos e outro de 58, detidos em Birmingham após o ataque. A polícia acredita que o britânico, que morou durante anos na Arábia Saudita, agiu sozinho, porém, as investigações procuram determinar se ele foi inspirado ou dirigido por outros para realizar o ataque.

Masood avançou com o automóvel que dirigia contra transeuntes na Ponte de Westminster, na tarde da última quarta-feira, matando três pessoas. Antes de ser abatido a tiros, ele ainda esfaqueou mortalmente um policial. O ataque durou apenas 82 segundos, ao todo.

Num comunicado, a mãe de Massod, Janet Ajao, disse nesta segunda-feira que tem chorado muito por todas as pessoas atingidas por esse "incidente horrível".

CN/afp/efe/ap