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População alemã cresce menos do que o esperado

25 de junho de 2024

Censo de 2022 revela aumento populacional de 2,5 milhões desde último levantamento de 2011. Total de estrangeiros na Alemanha aumentou de 6,2 milhões em 2011 para 10,9 milhões.

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Multidão caminha em rua para pedestres em Berlim
Segundo o censo há 71,8 milhões de pessoas com cidadania alemã, enquanto 18,14 milhões de alemães possuem origem migratóriaFoto: Ina Fassbender/AFP/Getty Images

A população alemã registrou um crescimento mais lento do que se previa para o período entre 2011 e 2022, segundo dados do novo censo populacional do país divulgado nesta terça-feira (25/06) pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).

Segundo o Destatis, em 15 de maio de 2022 viviam na Alemanha 82,7 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 2,5 milhões desde 2011, quando o foi realizado o último recenseamento. O esperado, porém, era que houvesse 1,4 milhão de pessoas a mais do que o registrado pelo censo.

A população de estrangeiros na Alemanha aumentou de 6,2 milhões em 2011 para 10,9 milhões em 2022. Esses dados, porém, significam um total de um milhão a menos do havia sido previsto anteriormente em um estudo populacional, sendo responsáveis por 71% das discrepâncias entre o censo e projeção anterior dos dados.

Um dos motivos da diferença nos números, segundo o Destatis, é o fato de alguns estrangeiros não terem oficialmente registrado suas saídas da Alemanha junto às autoridades, como os que escolheram se aposentar em outros países. Isso também se deve à grande mobilidade entre os migrantes, que dificulta obter números mais precisos.

Envelhecimento populacional

De acordo com o censo, há 71,8 milhões de pessoas com cidadania alemã, enquanto 18,14 milhões de alemães possuem origem migratória.

Os novos números surgem em meio a preocupações com o envelhecimento da população em idade economicamente ativa na Alemanha nas próximas duas décadas, segundo foi relatado em uma previsão do Departamento Federal de Construção e Planejamento Regional (BBSR), divulgada na semana passada.

Segundo a pesquisa, a migração líquida para a Alemanha– a diferença entre a entrada e a saída de migrantes em um país – compensou a atual taxa de natalidade e o envelhecimento populacional.

O censo do Destatis avalia as populações de todas as 10.786 municipalidades alemãs. Na maior parte das cidades, o número de habitantes encolheu ao menos 1%. Entre as maiores cidades alemãs, Bremen foi a que registrou o maior crescimento populacional, de 1,8% entre 2011 e 2022, enquanto Colônia teve a maior queda, de 5,9%.

Mais mulheres do que homens

Os novos dados comprovam que as mulheres são maioria na Alemanha, com 42,05 milhões contra 40,72 milhões de homens.

O censo revela ainda que existem 43,1 milhões de moradias disponíveis para a população, com dimensões médias de 94,4 metros quadrados. O preço médio do aluguel é de 7,28 euros por metro quadrado (R$ 42,4).

Os aluguéis mais baixos foram registrados no estado de Saxônia-Anhalt, no leste do país, com 5,38 euros por metro quadrado, e o mais caro, em Hamburgo (9,16 euros por metro quadrado).

rc (AFP, KNA, Reuters, DPA)