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Doações generosas

20 de janeiro de 2010

Novo terremoto, desta vez de 6,1 pontos na escala Richter, abala o Haiti. Busca de sobreviventes prossegue, 13 hospitais provisórios estão em funcionamento. Governo alemão eleva ajuda para 10 milhões de euros.

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Campo de flagelados em Porto PríncipeFoto: AP

Severos abalos sísmicos atingiram o Haiti pela segunda vez, nesta quarta-feira (20/01). Segundo dados do observatório sismográfico dos Estados Unidos, desta vez o terremoto atingiu 6,1 pontos na escala Richter. Seu epicentro localizou-se 60 quilômetros a sudoeste da capital Porto Príncipe, e a 10 quilômetros de profundidade. O tremor do último dia 12, o mais forte em 200 anos, marcara 7 pontos.

Golpe para a ONU, também

Haiti Kirche nach Erdbeben in Port-au-Prince Flash-Galerie
Igreja desmoronada em Porto PríncipeFoto: picture alliance / landov

Em Porto Príncipe, numerosos habitantes correram para as ruas, em pânico. Na região da catástrofe também estão atualmente estacionados milhares de colaboradores e soldados internacionais, incluindo várias equipes de resgate da Alemanha. A cada dia chegam mais agentes humanitários e jornalistas ao Haiti.

O governo local teme que o total de vítimas fatais da catástrofe da semana passada alcance 200 mil. O cataclismo representou também um golpe sem precedentes para o trabalho da Organização das Nações Unidas no Estado insular.

Os corpos de cerca de 50 funcionários foram resgatados do prédio da organização na capital haitiana, destruído pelo terremoto. Entre eles encontrava-se o chefe da missão das Nações Unidas no Haiti (Minustah), Hédi Annabi. Outros 500 funcionários da ONU continuam desaparecidos.

Sobrevivência misteriosa

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Hospital geral da capital haitianaFoto: AP

A situação é grave em Porto Príncipe e cercanias. Apesar das medidas humanitárias reforçadas, muitos não têm acesso nem a água nem a alimentos suficientes. Também é grande o número de feridos que ainda esperam pelos primeiros socorros. Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde anunciou que 13 hospitais provisórios já entraram em funcionamento na região da capital.

Segundo dados da ONU, 90 pessoas puderam ser retiradas com vida debaixo dos escombros dos edifícios. Estão em ação 52 equipes de resgate, com mais de 1.800 profissionais e 175 cães treinados.

Técnicos de salvamento alemães e mexicanos conseguiram resgatar uma mulher de 69 anos dos destroços da catedral de Porto Príncipe, onde, acredita-se, poderá haver mais sobreviventes. Uma jovem de 25 anos foi salva num supermercado desmoronado. Não está esclarecido como essas pessoas puderam sobreviver uma semana em tais condições.

Solidariedade mantida

O elo mais fraco na cadeia de abastecimento aos sobreviventes é o aeroporto internacional do Haiti, sob o controle de tropas norte-americanas, a pedido do governo local. As organizações humanitárias queixam-se da demora na concessão de direitos de aterrissagem, assim como da preferência dada aos aviões das Forças Armadas estadunidenses. Trabalha-se intensamente para tornar operacional um segundo aeroporto, assim como um porto marítimo.

Continua a haver notícias de saques e tiroteios isolados. Novas forças de segurança estão sendo enviadas ao país, a fim de impedir desordens violentas. A ONU elevou seu contingente na nação caribenha com mais 3.500 capacetes azuis e policiais, num total de 12.500, e os EUA pretendem atingir esta mesma cifra.

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Saqueadores aproveitam-se da catástrofeFoto: picture-alliance/dpa

A solidariedade internacional às vítimas haitianas se mantém na Alemanha. O governo alemão elevou sua ajuda financeira a 10 milhões de euros. O total dos donativos da população alemã já ultrapassa os 30 milhões de euros. Somente na cerimônia beneficente promovida pela emissora de direito público ZDF e pelo jornal Bild foram arrecadados mais de 20 milhões de euros.

Durante a emissão, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, prometeu que o desconto no imposto de renda será facilitado para as doações feitas a organizações humanitárias reconhecidas.

Entrevista: Herbert Peckmann (av)
Revisão: Alexandre Schossler

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