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Presidenciáveis condenam agressão contra Bolsonaro

7 de setembro de 2018

Após candidato do PSL ser atingido por golpe de faca durante campanha em Minas Gerais, seus adversários na corrida eleitoral expressam repúdio a atos de violência e pressionam por inquérito minuncioso.

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Jair Bolsonaro
O candidato a presidente Jair Bolsonaro, em campanha nesta quinta-feira na cidade mineira de Juiz de ForaFoto: picture-alliance/dpa/Agencia O Globo/A. Scorza

Candidatos à Presidência da República condenaram nesta quinta-feira (06/09) o ataque a faca cometido contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). O tom das mensagens foi de repúdio a atos de violência, além de exigirem uma investigação rigorosa sobre o incidente.

Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen durante um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, nesta quinta-feira. O suspeito foi preso em flagrante, e a Polícia Federal já abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do ataque.

O candidato foi encaminhado para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde passou por uma cirurgia que constatou lesões numa artéria, no intestino delgado e no intestino grosso. Elas foram reparadas com sucesso, e o quadro é considerado estável.

Vários políticos rechaçaram a agressão, incluindo o presidente Michel Temer, que descreveu o incidente como "lamentável para a democracia". A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também manifestou "repúdio ao ato de violência".

Confira as reações dos presidenciáveis:

Marina Silva (Rede)

"A violência contra o candidato Jair Bolsonaro é inadmissível e configura um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia. A sociedade deve refutar energicamente qualquer uso da violência como manifestação política", escreveu a ex-ministra.

"Neste momento difícil que atravessa o nosso país, é preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso país. Este atentado deve ser investigado e punido com todo rigor."

Ciro Gomes (PDT)

"Acabo de ser informado em Caruaru, Pernambuco, onde estou, que o Deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem política, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie", afirmou o ex-governador do Ceará.

Geraldo Alckmin (PSDB)

"Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar", escreveu o ex-governador de São Paulo. "Esperamos que o candidato se recupere rapidamente."

Fernando Haddad (PT)

Candidato a vice-presidente na chapa do PT e provável substituto de Luiz Inácio Lula da Silva na corrida eleitoral, o ex-prefeito de São Paulo descreveu a agressão como "absurda" e "lastimável". "Nós, democratas, temos que garantir um processo tranquilo e pacífico e reforçar o papel das instituições", disse ele ao ser informado do ataque, durante entrevista ao canal MyNews.

Mais tarde, no Twitter, Haddad escreveu: "Repudio totalmente qualquer ato de violência e desejo pronto restabelecimento a Jair Bolsonaro."

Alvaro Dias (Podemos)

"Sobre o episódio da facada no candidato Jair Bolsonaro, quero afirmar aqui que repudio todo e qualquer ato de violência. Por isso a violência nunca deve ser estimulada. Eu não estimulo", disse o ex-governador do Paraná. "Lamento profundamente o ocorrido com Jair Bolsonaro, e desejo o seu pronto restabelecimento. O ódio e a intolerância devem ser repudiados sempre."

João Amoêdo (Novo)

"É lamentável e inaceitável o que aconteceu com o Jair Bolsonaro. Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato", escreveu o presidenciável.

Henrique Meirelles (MDB)

O ex-ministro da Fazenda de Temer afirmou: "Desejo pronta recuperação a Jair Bolsonaro. Lamento todo e qualquer tipo de violência. O Brasil precisa encontrar o equilíbrio e o caminho da paz. Temos que ter serenidade para apaziguar a divisão entre os brasileiros."

Guilherme Boulos (Psol)

"Soube agora do que ocorreu com Bolsonaro em Minas. A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato", escreveu o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

João Goulart Filho (PPL)

"Repudiamos todo ato de violência contra qualquer ser humano. Quem já sentiu na carne a crueldade da violência não pode compactuar com tais atos. Esperamos uma apuração célere e punição exemplar dos responsáveis", disse o deputado estadual e filho do ex-presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964.

Vera Lúcia (PSTU)

"Deve ser totalmente repudiada a agressão com uma faca ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). Consideramos inaceitável esse tipo de coisa em meio à disputa eleitoral em curso", afirmou a cientista social.

Em um segundo tuíte, ela afirmou que "o PSTU acredita que a pregação do próprio Bolsonaro a favor de resolver tudo à bala, de 'fuzilamento dos petralhas', entre outras mensagens de ódio, acaba por estimular este tipo de atitude da qual ele agora é vítima, embora não a justifique".

EK/ots

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