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Presidente da Federação Alemã de Futebol renuncia

9 de novembro de 2015

Niersbach assume consequências de seu envolvimento no escândalo em torno da escolha da sede da Copa de 2006, mas deixa claro que renúncia não é confissão de culpa.

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Niersbach (c) anuncia sua renúncia em FrankfurtFoto: Reuters/R. Orlowski

O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Wolfgang Niersbach, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (09/11), anunciou a entidade depois de um reunião na sua sede, em Frankfurt.

Niersbach comunicou que sua decisão é uma consequência do seu envolvimento no escândalo da escolha da Copa do Mundo de 2006, mas que não se trata de uma confissão de culpa. "Trabalhei de forma absolutamente limpa e de acordo com a minha consciência", declarou.

Segundo denúncia da revista Der Spiegel, na época da escolha da sede foi criado um caixa 2 para a compra de votos de representantes asiáticos no comitê da Fifa responsável pela decisão.

"Eu reconheci que chegou a hora de assumir a responsabilidade política por acontecimentos relacionados com a Copa de 2006, pelos quais eu pessoalmente não me sinto responsável e posso dizer que trabalhei de forma absolutamente limpa e de acordo com a minha consciência", declarou Niersbach, em comunicado.

"Mas aparentemente aconteceram coisas que só nos últimos dias foram descobertas e que me levaram à renúncia – no sentido de uma responsabilidade política. O cargo de presidente não deve ser prejudicado", afirmou.

"Trabalhei mais de 27 anos para a DFB. Para mim, a DFB foi mais do que um emprego, sempre foi uma paixão. E mais ainda essa maravilhosa Copa de 2006, que foi um ponto alto na minha vida profissional, que eu nunca vou esquecer. Por tudo isso, é ainda mais doloroso ficar sabendo, 11 anos depois, que aparentemente aconteceram coisas da quais eu nada sabia. Eu vou colaborar de todas as maneiras para esclarecer isso totalmente."

Na semana passada, a promotoria de Frankfurt abriu inquérito contra Niersbach e seu antecessor na DFB, Theo Zwanziger, por causa de suspeita de sonegação de impostos. O caso envolve uma transferência de 6,7 milhões de euros à Fifa, relacionada com a escolha da sede da Copa de 2006.

AS/sid/afp/dpa