Parlamento
6 de fevereiro de 2008Anúncio
Após os partidos de centro-direita terem se recusado a compor um governo de transição, a ser encarregado de mudar a lei eleitoral para tornar o país mais governável, o Parlamento italiano foi dissolvido. Governo Prodi durou 20 meses.
O presidente italiano, Giorgio Napolitano, dissolveu o Parlamento em Roma, antecipando – com isso – novas eleições da Itália, a serem realizadas em 13 e 14 de abril próximo. Até lá, Prodi se manterá na chefia de governo.
A decisão pelo novo pleito foi tomada após o premiê Romano Prodi ter perdido o voto de confiança do Senado, no final de janeiro. A tentativa de compor um governo de transição, a ser encarregado de promover uma reforma no direito eleitoral, foi bloqueada pela oposição conservadora.
Itália pouco governável sem reforma do direito eleitoral
Após o fracasso da coalizão de centro-esquerda de Romano Prodi, o presidente Napolitano havia encarregado, há uma semana, o presidente do Senado Franco Marini de compor um governo de transição. A idéia seria incumbi-lo de reformar o direito eleitoral, a fim de criar condições políticas mais estáveis na Itália. A legislação vigente favorece os partidos menores, facilitando uma fragmentação do Parlamento.
Conservadores sob Berlusconi ganhariam o pleito, segundo enquetes
Franco Marino contou, no entanto, com a resistência da oposição de centro-direita de Silvio Berlusconi, que – confiante em seu prestígio junto aos eleitores, algo comprovado por enquetes – exigiu novas eleições. Napolitano lamentou a convocação de novas eleições parlamentares antes da reforma do direito eleitoral.
Segundo enquetes recentes, os partidos de centro-direita se elegeriam nas próximas eleições. Berlusconi foi premiê da Itália entre 2001 e 2006, tendo perdido então as eleições para a aliança de centro-esquerda de Prodi.
No final de janeiro, após a saída de um pequeno partido da coalizão de governo, Prodi perdera o voto de confiança numa votação no Senado. A margem de votos que garantia a hegemonia de sua aliança no Senado desde 2006 era mínima. O governo Prodi ameaçou romper várias vezes, até que a perda de maioria se concretizou definitivamente 20 meses após sua posse. (sm)
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