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Primeiro-ministro renuncia na Ucrânia

24 de julho de 2014

Decisão vem em reação à dissolução da coalizão de governo em Kiev. Presidente Petro Poroshenko apoia desdobramentos, que abrem caminho para novas eleições legislativas, visando enfraquecer os pró-russos no Parlamento.

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Foto: Reuters

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, anunciou nesta quinta-feira (24/07) sua renúncia ao cargo. Ao renunciar, ele falou em "colapso da coligação de governo" e alegou que o Parlamento não está mais em condições de fazer seu trabalho e aprovar as leis necessárias.

Yatsenyuk aproveitou a ocasião para criticar a ruptura da coalizão, que ocorre em meio a uma grave crise econômica e dos choques entre o Exército nacional e os separatistas pró-russos no leste do país.

Antes, dois pequenos partidos haviam se retirado do governo: o nacionalista Svoboda e o Udar, liderado pelo ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko. Sua intenção declarada foi forçar um pleito legislativo antecipado, com o fim de enfraquecer as forças pró-russas em Kiev.

Ao anunciar oficialmente a dissolução da coligação governamental, o presidente do Parlamento, Oleksander Turtchinov, confirmou que o presidente Petro Poroshenko é favorável a novas eleições.

Elas proporcionariam uma renovação política total na Ucrânia, garantindo, assim, para uma base sólida para Poroshenko no Parlamento. Turtchinov pediu ainda ao Svoboda e ao Udar que indiquem um candidato à chefia de governo interina, substituindo Yatsenyuk até as eleições.

Para que o chefe de Estado ucraniano possa dissolver o atual órgão legislativo após o rompimento de fato da coalizão, os deputados precisam confirmar formalmente que não é possível constituir um novo governo. Em seguida, a Constituição nacional dá ao presidente um prazo de dois meses para decretar novas eleições parlamentares.

Pró-Ocidente, Poroshenko foi eleito presidente em maio último, com clara vantagem, após a destituição de Viktor Yanukovytch. Desde então a Ucrânia tem estado sob tensão constante de Moscou, que anexou a península da Crimeia e apoia os separatistas pró-russos no leste ucraniano.

AV/rtr/ap/afp