Principais acontecimentos da Guerra do Paraguai
Há diversas teorias sobre as razões da Guerra do Paraguai. Revisionismo argentino e visão tradicional paraguaia a atribuem a interesses do Reino Unido. Outros apontam para política agressiva do presidente Solano López.
Guerra do Paraguai
No maior conflito armado da América do Sul, o Império do Brasil e as repúblicas da Argentina e do Uruguai enfrentaram o Paraguai, governado por Francisco Solano López. Também conhecida como Guerra da Tríplice Aliança, ela começou em fins de 1864 e terminou em 1870, com a derrota dos paraguaios – para quem foi a "Guerra Grande". Na foto, óleo de Cándido López de 1889.
Rendição de Uruguaiana
Aqui o pintor brasileiro Victor Meirelles retratou o fim da batalha em Uruguaiana. As forças paraguaias capitularam naquele município do Rio Grande do Sul em 18 de setembro de 1865 por falta de alimentos, contrariando as ordens do marechal López ao comandante, coronel Estigarribia. Em seguida a essa derrota precoce, López retirou suas tropas do Brasil e da Argentina.
Batalha de Curupaiti
Foi travada em 22 de setembro de 1866, num episódio que terminou com a fragorosa derrota da Tríplice Aliança. Na Argentina, o Congresso autorizou então o presidente Bartolomeu Mitre a negociar uma trégua ou a paz definitiva com o Paraguai. No entanto, o Brasil se negou a ceder. Foto: Detalhe de "Depois da Batalha de Curupaiti", de Cándido López, 1893.
Tríplice Aliança
Uniformes do Exército argentino durante a Guerra do Paraguai. Em 1864, a Argentina, ainda neutra, recusou às tropas paraguaias passagem por seu território. Buenos Aires entrou no conflito em 1º de maio de 1865, dia em que foi firmado o Tratado da Tríplice Aliança.
Dezembrada
Aqui viveu durante a campanha o general José Joaquim de Andrade Neves, primeiro e único barão do Triunfo. Ele participou da Batalha de Itá Ibaté ou Lomas Valentina, entre 21 e 27 de dezembro de 1868, o último dos grandes combates da campanha da Aliança denominada "Dezembrada".
Vitória paraguaia
Acampamento do marechal Luís Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias, bem próximo ao local da Batalha de Tuyú Cué, de 11 de agosto de 1867. Esta foi uma emboscada armada pelo então tenente-coronel Bernardino Caballero (presidente do Paraguai de 1880 a 1886) contra as vanguardas aliadas, comandadas pessoalmente pelo presidente argentino Bartolomeu Mitre. A vitória coube aos paraguaios.
Cerco a Humaitá
A Fortaleza de Humaitá, que controlava o acesso por via fluvial à capital paraguaia, Assunção, foi tomada pelas forças brasileiras em 25 de julho de 1868. Foto: "Passagem de Humaitá", Victor Meirelles, 1886
Destruição impiedosa
Ruínas da Igreja de São Carlos Borromeu em Humaitá, Paraguai, após bombardeios pela Tríplice Aliança. A Fortaleza de Humaitá se situava na margem esquerda do Rio Paraguai, 215 quilômetros ao sul de Assunção.
Capturados pelo Uruguai
Prisioneiros paraguaios capturados por Venancio Flores. O militar e político uruguaio foi presidente da República nos períodos de 1853-55 e de 1865-68, quando assinou o tratado da Tríplice Aliança com o Brasil e a Argentina.
Desastre demográfico
A guerra acarretou uma catástrofe demográfica para o país perdedor. Segundo fontes distintas, o Paraguai perdeu entre 50% e 90% de sua população masculina adulta. Na foto: em 1º plano, prisioneiros paraguaios; no andar superior, soldados brasileiros.
No fim do conflito
Padre brasileiro (em 1º plano, à esquerda) com refugiados da cidade paraguaia de San Pedro, a maioria mulheres e crianças, em foto de 1869 ou 1870. Atrás, à direita, combatentes aliados.