Ameaça terrorista
5 de setembro de 2007A uma semana de os ataques de 11 de Setembro completarem seis anos, foram presos na Alemanha nesta terça-feira (4/9) três supostos terroristas que estariam planejando uma série de atentados no país.
De acordo com a procuradora-geral da República, Monika Harms, foram detidos dois alemães convertidos ao Islã e um turco. Eles são integrantes da organização Jihad Islâmica, têm entre 20 e 30 anos e teriam sido treinados num acampamento no Paquistão em 2006.
Harms reforçou que os planos representam uma das maiores ameaças terroristas da história da Alemanha. De acordo com o chefe do Departamento Federal de Investigações (BKA), Jörg Ziercke, o material recolhido com os detidos permitiria a construção de bombas mais potentes do que as utilizadas nos ataques terroristas de Madri e Londres. Seu efeito corresponderia a 550 quilos de TNT.
Entre os principais alvos estariam instituições e instalações americanas na Alemanha, além de danceterias, bares, aeroportos e outros locais de grande concentração de cidadãos americanos.
Vigilância há seis meses
Segundo informações do governo dos EUA, o aeroporto de Frankfurt e a base militar de Ramstein também estariam entre os possíveis alvos, mas Harms e Ziercke disseram não haver provas disso.
Os suspeitos vinham sendo vigiados há seis meses, afirmou Harms. Eles teriam planejado construir carros-bomba para jogá-los contra os alvos.
As prisões ocorreram nesta terça-feira (04/09) numa casa da localidade de Oberschledorn, no estado da Renânia do Norte-Vestfália. Um dos homens chamou a atenção das autoridades no último Ano Novo, quando foi detido por perambular próximo a duas casernas norte-americanas em Hanau. A partir dali, começou a ser vigiado.
Entre fevereiro e agosto de 2007, ele adquiriu em Hannover 12 barris de peróxido de hidrogênio (35%) como material básico para fabricar bombas, assim como detonadores e materiais eletrônicos. O material teria sido depositado numa garagem na cidade de Freudenstadt.
No dia 17 de agosto, os suspeitos alugaram uma casa em Oberschledorn, onde no dia 2 de setembro começaram com a produção do explosivo.
Ziercke disse que depois das detenções, na tarde desta terça-feira, foram realizadas mais de 40 blitze em vários estados alemães. (rw/as)