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Procuradoria pede prisão de oito membros do governo catalão

2 de novembro de 2017

Além de prisão provisória, Ministério Público espanhol pede vigilância policial para seis ex-deputados da Catalunha. Puigdemont segue em Bruxelas e se recusa a comparecer perante corte.

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Carme Forcadell, ex-presidente do parlamento catalão dissolvido, ficará sob vigilância policialFoto: Reuters/R. Marchante

A Procuradoria Geral da Espanha pediu nesta quinta-feira (02/11) a prisão provisória de oito ex-conselheiros do governo destituído da Catalunha. O pedido, que não dá o direito à fiança, foi feito durante os depoimentos dos políticos na Audiência Nacional, em Madri.

O ministro regional catalão Santi Vila, que se demitiu do cargo poucas horas antes de o parlamento em Barcelona ser dissolvido pelo governo espanhol na última sexta-feira, está na lista do Ministério Público, mas poderá pagar uma fiança de 50 mil euros.

Com a exceção de Vila, que respondeu a todos os questionamentos, os ex-conselheiros responderam somente às perguntas de seus advogados.

Dos 14 membros do executivo regional da Catalunha acusados de rebelião, sublevação e outros delitos relacionados à declaração de independência, apenas nove se apresentaram na audiência.

O ex-chefe de governo catalão Carles Puigdemont e outros conselheiros de gabinete estão em Bruxelas desde o início da semana, alegando que só retornarão à Espanha se tiverem a "garantia de tratamento justo".

Em comunicado, Puigdemont disse que pretende denunciar à comunidade internacional o que considera um "julgamento político" e que dará um prazo à Europa para encontrar uma solução ao conflito com base no diálogo.

No caso de Puidgemont, o juiz poderia optar por uma ordem de prisão a ser enviada à Justiça belga visando a uma futura extradição.

Sob vigilância policial

As audiências marcadas para esta quinta e sexta-feiras foram adiadas a pedido dos advogados dos membros do governo regional destituído.

A procuradoria não se opôs à suspensão das sessões, mas solicitou que os seis deputados regionais fiquem sob vigilância policial até a próxima quinta-feira (09/11), quando voltarão a ser ouvidos pelo tribunal. Entre eles, está a presidente do parlamento dissolvido da Catalunha, Carmen Forcadell.

Os advogados alegaram ao juiz Pablo Llarena que precisam de mais tempo para preparar as defesas, já que as citações judiciais não foram bem notificadas na quarta-feira.

A vigilância policial solicitada pela procuradoria não será feita de forma presencial, mas por meio da localização do domicílio e de um telefone celular para que a polícia possa fazer controles de permanência.

KG/efe/lusa