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Protesto pede evacuação de campo de refugiados na Grécia

7 de setembro de 2020

Manifestantes colocam 13 mil cadeiras em frente ao Parlamento alemão para representar habitantes de campo em ilha grega superlotado. Ato ocorre após primeiro caso de covid-19 ter sido registrado no local.

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13 mil cadeiras colocadas em frente ao Reichstag, num protesto para chamar a atenção para a superlotação no campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos
Cadeiras representam cada um dos refugiados em MoiraFoto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld

Organizações de apoio a refugiados colocaram nesta segunda-feira (07/09) 13 mil cadeiras em frente ao Reichstag, em Berlim, em um protesto para chamar a atenção para a superlotação no campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos, e pedir à Alemanha que acolha alguns destes requerentes de asilo.

As cadeiras simbolizam os habitantes do campo. Em 31 de agosto, o local, com capacidade para receber 2.757 refugiados, abrigava 12.714 pessoas. Os ativistas pediram que os políticos "deem um fim à catástrofe humanitária nas fronteiras externas da União Europeia e evacuem os campos".

Além de simbolizar os refugiados de Moira, as cadeiras reforçam "o lugar e a receptividade das cidades, países e da sociedade civil". Os ativistas afirmam ainda que a situação humanitária em Moira se agravou recentemente, quando foi registrado no local o primeiro caso de covid-19.

Na semana passada, autoridades grega impuseram uma quarentena de 14 dias no campo, depois que um homem que vivia no local testou positivo para o novo coronavírus.

13 mil cadeiras colocadas em frente ao Reichstag, num protesto para chamar a atenção para a superlotação no campo de refugiados de Moria, na ilha grega de Lesbos
Cadeiras lotaram praça em frente ao Reichstag, em BerlimFoto: picture-alliance/AP Photo/M. Schreiber

Em Viena, na Áustria, e em outras cidades alemãs foram organizados protestos semelhantes. Os ativistas pedem ainda que os países europeus criem um programa de resgate no mar e parem de criminalizar atores civis que assumiram essa tarefa.

"Violações de direitos humanos, como repatriações ilegais e maus-tratos aos requerentes de proteção por parte dos Estados da União Europeia, devem parar. O governo alemão precisa garantir que isso será feito no âmbito da presidência do Conselho da UE", pediram também os organizadores. A Alemanha detém a presidência rotativa do conselho até o fim de 2020.

A Alemanha concordou em receber um total de 243 crianças de campos de refugiados da Grécia que precisam de tratamento médicos, bem como seus parentes mais próximos. As organizações afirmam que essa medida não é suficiente para resolver o problema humanitário destes campos. Até agora, apenas 99 crianças foram trazidas ao país. 

CN/ap/afp/dw