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PROTESTOS NA VISITA DE BENTO 16 À ALEMANHA

24 de setembro de 2011

Dois assuntos dominaram os comentários dos nossos leitores esta semana: a visita do Papa ao Parlamento alemão e o pedido de admissão da Palestina como membro pleno das Nações Unidas.

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Foto: picture alliance/dpa

Vivemos numa sociedade que propõe entre seus princípios básicos a liberdade e o respeito, contudo as atitudes que alguns grupos assumem parecem contradizer totalmente esses pressupostos. A forma como a visita de Bento 16 tem sido vista por determinados setores segue absolutamente contra os princípios que o próprio Papa pretende adotar. Pelo que foi apresentado, a pauta de temas não se restringe aos católicos, mas aborda tópicos que tocam diretamente num contexto muito mais profundo do homem e da sociedade. Portanto, não seria importante, ao menos, escutar o que ele tem a dizer? Em vez de encará-lo como um simples líder religioso que discursará no Parlamento, por que não permitir que ele fale como um homem, que como todos nós também tem o direito de expressar-se, podendo vir a apresentar propostas interessantes e proveitosas para um desenvolvimento mais profundo e completo de todos?
Fernando Campos
 
Os deputados da oposição argumentam que o Parlamento não é o lugar para discursos de líderes religiosos. Até concordo com isso, mas por que o presidente do Bundestag fez este convite? Por que este convite não foi devidamente discutido antes? Foi uma decisão da maioria ou uma ordem a ser cumprida? Agora é tarde, os deputados deveriam respeitar o convite e se portar devidamente. Querendo ou não, aceitando ou não, a Europa tem uma longa tradição cristã.
Luís Carlos Franca
 
Vivemos numa democracia. O povo tem o direito de protestar contra a visita do Papa. Só que eu acho que estão dando muita importância ao fato. Afinal essa visita vai mudar alguma coisa? Os políticos alemães vão discutir com ele e decidir sobre temas controversos, como aceitação de minorias, sacramento para os que se casam outra vez, aborto etc? Não, por isso trata-se apenas de uma visita de amigos e sem maiores significados. Não vejo o porquê de tanto auê…
Dirce Lisboa
 
O boicote da oposição ao discurso do Papa no Parlamento alemão está absolutamente correto. Por um simples motivo: será que o Vaticano abriria espaço na Praça de São Pedro para que governantes estrangeiros favoráveis ao aborto, ao divórcio ou a união civil dos homossexuais pudessem explanar seus princípios aos crentes ali reunidos?
Antonio Sá Guimarães
 
A Igreja não deve simplesmente adaptar-se ao "politicamente correto" ou ao modismo; deve preservar sua identidade e ser constante, sempre atualizando-se, sem contradizer a tradição. Alguém disse: a Igreja nos salva de sermos homens presos ao nosso tempo.
Oswaldo Júnior
 
Creio que a aproximação esbarra num grande empecilho: o abismo teológico existente entre as duas vertentes cristãs na Europa. No entanto, o povo leigo e profano aguarda ansiosamente que, na prática, possa sentar, comungar e vislumbrar um futuro como cristãos unidos pela mesma causa.
Daniel Dammann
 
ESTADO PALESTINO NA ONU
 
No Oriente Médio, todos têm que ter responsabilidades em manter e preservar a paz. Com a criação do Estado palestino livre, soberano e independente; esse Estado também terá que ter responsabilidades em manter e preservar a estabilidade, a paz e a ordem na região, ou seja, não serão mais autoridades, grupos ou facções responsáveis, mas um Estado constituído a ser responsabilizado pelos seus atos. Por sua vez, o Estado de Israel, que demonstra pouco interesse pela paz, ao não seguir as resoluções da ONU, deve parar de fazer assentamentos em territórios palestinos. Israel também tem que ter responsabilidades com a preservação da paz.
Clovis Rossi
 
Com a crise mundial se alastrando, países desenvolvidos e emergentes tendo que se proteger economicamente, o não reconhecimento do Estado palestino na ONU, neste período em que as nações estão fragilizadas, pode ser o estopim para uma violenta revolta, revolução e guerra na região do Oriente Médio com consequências graves ao mundo "não tão civilizado" como acreditamos.
Vinicius Dela Pace
 
Sou favorável ao reconhecimento da Palestina como Estado. O governo Líbio de transição foi reconhecido rapidinho, engraçado, né? Se tivessem petróleo talvez as posições fossem diferentes.
Sergio Carrer
 
Penso que os israelenses são os seres humanos mais capacitados para entender os palestinos... Eles viveram sem suas terras, sem uma pátria, e agora não aprovam o reconhecimento da pátria e do Estado de seus vizinhos, que já foram embora de suas terras para que eles as ocupassem? Há lugar para todos, é só cada um respeitar a terra do outro e não querer mais. Chega de conflitos, a paz implica saúde e vida longa, além de mais barata... (esqueçam interesses financeiros e pensem nos seres humanos como se fossem sua família). Palestinos têm direitos e israelenses também... Sou a favor do reconhecimento do Estado Palestino.
Mara Lucia Sander