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Putin diz que Ucrânia teve golpe de Estado

4 de março de 2014

Presidente afirma que a Rússia se reserva o direito de usar todos os meios para proteger os cidadãos russos que vivem no país vizinho, mas que uso da força é último recurso.

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Foto: Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou os Estados Unidos e a União Europeia (UE) de patrocinarem um golpe de Estado inconstitucional na Ucrânia, por meio de uma tomada de poder pelas armas.

"Só pode haver uma avaliação do que aconteceu em Kiev ou na Ucrânia em geral. Isso foi um golpe inconstitucional e uma tomada de poder pelas armas. Ninguém questiona isso. Quem poderia questionar?", perguntou nesta terça-feira (04/03).

Ele disse que a Rússia se reserva o direito de usar todos os meios para proteger os cidadãos russos que vivem no país vizinho. O uso da força, porém, é o último recurso, completou.

Putin disse ainda que as ações das potências ocidentais estão levando a Ucrânia à anarquia e alertou que qualquer sanção que o Ocidente vier a adotar contra a Rússia terá resposta.

Ele acusou países ocidentais de estarem fazendo um experimento com a Ucrânia: "Às vezes me parece que há um tipo de funcionários de laboratório nos Estados Unidos, fazendo experimentos como se faz com ratos, sem entender as consequências dos que eles estão fazendo."

Os comentários são os primeiros de Putin desde a troca de poder na Ucrânia e ocorrem no momento em que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, chega a Kiev para dar apoio ao governo interino. O presidente russo falou com jornalistas na sua casa nos arredores de Moscou, em entrevista transmitida pela TV oficial russa.

Putin disse ainda que a Rússia não vai encorajar movimentos separatistas na Ucrânia, onde muitas pessoas no sul e no leste falam russo e mantêm relações estreitas com a Rússia, nem tem a intenção de anexar a Crimeia. "Mas todos os cidadãos da Ucrânia, não importa onde eles vivam, devem ter o mesmo direito de determinar o futuro do seu país", acrescentou.

Sobre o encontro de cúpula do G8, Putin disse que a Rússia está pronta para sediar o evento, mas se as potências ocidentais não quiserem vir, não precisam vir.

AS/ap/rtr/lusa/afp