Putin promete expandir relações com a Coreia do Norte
15 de agosto de 2022O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, que os dois países vão expandir suas relações bilaterais com "esforços comuns", noticiou a mídia estatal de Pyongyang nesta segunda-feira (15/08).
Numa carta enviada a Kim por ocasião do Dia da libertação da Coreia – em que se comemora a fim do domínio colonial japonês – Putin ressaltou que os dois países compartilham uma tradição de amizade e cooperação bilateral, segundo a agência de notícias norte-coreana KCNA.
O líder russo disse que laços mais próximos seriam do interesse tanto da Coreia do Norte quanto da Rússia, e que isso ajudaria a fortalecer a segurança e a estabilidade da península da Coreia e do Nordeste da Ásia, de acordo com a KCNA.
Amplamente isolada, a Coreia do Norte declarou apoio a Moscou desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro.
Em julho, a Coreia do Norte seguiu a Rússia e a Síria reconheceu as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, localizadas no leste da Ucrânia e apoiadas por Moscou, como Estados independentes. A atitude levou Kiev a cortar relações diplomáticas com Pyongyang.
Autoridades norte-coreanas levantaram a possibilidade de trabalhadores do país serem enviados para as áreas no leste ucraniano para ajudar na construção e em outras atividades.
Kim também exalta cooperação bilateral
Segundo a KCNA, Kim também enviou uma carta a Putin, na qual afirma que a amizade entre os dois países foi selada na Segunda Guerra Mundial com a vitória dos Aliados sobre o Japão, que havia ocupado a península da Coreia.
Desde então, "a cooperação, o apoio e a solidariedade estratégicos e táticos" entre Rússia e Coreia do Norte alcançou um novo nível nos seus esforços comuns para frustrar ameaças e provocações de forças militares hostis, disse Kim na carta. A KCNA não identificou as tais forças hostis, mas comumente usa o termo para se referir aos Estados Unidos e seus aliados.
Kim previu que a cooperação bilateral cresceria "em todas as áreas" com base num acordo assinado em 2019, quando se reuniu com Putin.
lf (Reuters, DPA)