Quase 60% não conseguem apontar medida positiva de Bolsonaro
22 de julho de 2019Levantamento do Datafolha divulgado nesta segunda-feira (22/07) aponta que quase seis em cada dez brasileiros não conseguem ou não souberam citar uma medida positiva do presidente Jair Bolsonaro nos primeiros seis meses de seu governo.
Ao serem questionados sobre o que de melhor o presidente fez no período, 39% dos entrevistados responderam "nada". Outros 19% não souberam responder à pergunta.
De acordo com o instituto, a parcela daqueles que não destacam qualquer ação positiva do governo ("nada") vai para 45% entre as mulheres; para 46% entre entrevistados do Nordeste e 52% para fiéis de religiões afrobrasileiras. O número chega a 76% entre aqueles que avaliam a gestão de Bolsonaro como "ruim ou péssima".
Dos entrevistados que disseram ter votado em Bolsonaro no segundo turno, 17% responderam não ver o que destacar de positivo entre as ações do governo.
Entre aqueles que responderam à pesquisa, 8% avaliaram haver avanços na segurança, 7% mencionaram a reforma da Previdência, 4% afirmam que houve combate à corrupção e 4% lembraram os decretos de flexibilização de posse de armas, enquanto o fim do horário de verão e a nomeação de Sergio Moro para ministro da Justiça foram citados por 1%.
Já quando questionados sobre o que Bolsonaro teria feito de pior, 18% disseram que "nada" – outros 19% disseram não saber responder à pergunta. A cifra entre os que responderam "nada" cresce para 22% entre os evangélicos, para 24% na região Sul, para 25% entre os amarelos e os que têm 60 anos ou mais e para 36% entre aqueles que avaliam o governo como ótimo ou bom.
Entre as iniciativas ruins, a liderança das citações é dos decretos de armas, mencionados por 21% dos entrevistados. A rejeição é maior entre os negros (25%), entre quem avalia o governo como ruim ou péssimo (27%) e entre espíritas (28%).
Logo em seguida, na lista de piores medidas estão a reforma da Previdência (12%) e a imagem pública (9%) —este último item inclui declarações tidas como desnecessárias, uso de palavras ofensivas, postura em relação aos filhos e articulação política.
Motivos de protestos em várias cidades do país, os cortes da educação foram citados por 3% dos entrevistados, enquanto 1% lembrou racismo ou homofobia e aumento do desemprego, entre outros assuntos.
A sondagem pesquisa ouviu 2.860 maiores de 16 anos, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.
MD/ots
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