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Rio de Janeiro e São Paulo cedem e reduzem tarifa do ônibus

20 de junho de 2013

Após dias de protestos e confrontos entre polícia e manifestantes, prefeitos das duas cidades anunciam, quase simultaneamente, revogação do aumento no preço das passagens.

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Foto: Reuters

Pressionados pelos maiores protestos em duas décadas no Brasil, as prefeituras de Rio de Janeiro e São Paulo cederam e anunciaram, nesta quarta-feira (19/06), a revogação do aumento das tarifas de transporte público nas cidades.

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin comunicaram que as passagens de trem, metrô e ônibus passarão, a partir de segunda-feira, dos atuais 3,20 para 3 reais. No Rio, como anunciou o prefeito Eduardo Paes, a redução será nas tarifas de ônibus – de 2,95 para 2,75 reais. Em nota, o governo estadual do Rio informou que metrôs, trens e barcas também serão reduzidas.

“Vamos revogar o reajuste dado, voltando à tarifa antiga”, anunciou Alckmin, em entrevista coletiva. “Será um sacrifício grande. Temos que cortar investimentos já que as empresas não podem arcar com os custos. Mas entendo que é importante.”

O anúncio ocorre um dia após a sexta manifestação em São Paulo, uma das mais violentas. O ato reuniu milhares de pessoas e concentrou-se em frente ao prédio da prefeitura, que sofreu tentativa de invasão. Na manhã desta quarta, houve mais três novos protestos na cidade, mas de menores proporções.

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Polícia entra em confronto com manifestantes em FortalezaFoto: picture-alliance/dpa

No Rio de Janeiro, o maior protesto foi na segunda-feira passada. Na ocasião, policiais entraram em confronto com um grupo de cerca de 300 manifestantes, após a invasão da Assembleia Legislativa. Na entrevista coletiva desta quarta-feira, Paes criticou o episódio.

“São pessoas que não sabem viver em um ambiente democrático e de respeito”, afirmou o prefeito do Rio.

O maior protesto desta quarta-feira foi em Fortaleza, nos arredores do estádio Castelão, que recebeu a partida entre Brasil e México pela Copa das Confederações. Cerca de 30 mil pessoas tentaram marchar em direção ao estádio e furaram um bloqueio armado pela polícia, que respondeu com bombas de efeito moral. Alguns manifestantes revidaram com pedras.

RPR/ rtr/ abr