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Romney chama Trump de fraude

3 de março de 2016

Ex-candidato presidencial republicano sai a público e rejeita de forma contundente a candidatura do magnata, em sinal do desconforto da ala tradicional do partido com os rumos das primárias.

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Romney concorreu com Obama na eleição de 2012Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Bull

O ex-candidato presidencial republicano Mitt Romney rejeitou nesta quinta-feira (03/03) a candidatura de Donald Trump e afirmou que ela diminuiria significativamente as perspectivas de um futuro próspero e seguro para os Estados Unidos. O discurso é o sinal mais recente de como o establishment do partido se movimenta para deter o bilionário.

Em declarações feitas no mesmo dia de um debate entre os quatro pré-candidatos republicanos em Detroit, Romney disse que o partido tem opções melhores do que o magnata, a quem classificou como "farsa" e "fraude". Para ele, o escolher Trump como candidato significaria dar a vitória à democrata Hillary Clinton nas eleições.

"Eis o que eu sei: Donald Trump é uma farsa, uma fraude", disse Romney, uma das figuras mais proeminentes do partido. "Ele está fazendo o público americano de otário. As únicas propostas políticas sérias que lidam com a gama abrangente de desafios nacionais que enfrentamos atualmente são de Ted Cruz, Marco Rubio e John Kasich."

Romney está relativamente afastado da cena política desde que perdeu as eleições para Barack Obama, em 2012. Ele chegou a flertar com a possibilidade de concorrer neste ano, mas acabou abandonando a ideia. Quatro anos atrás, ele cortejou o apoio de Trump a sua candidatura.

Nesta quinta, Trump desprezou Romney em entrevistas a emissoras de televisão e em redes sociais. O magnata classificou o republicano com um "candidato fracassado" que implorou por sua candidatura em 2012. "Mitt Romney é um cadáver", disse o empresário à rede de televisão NBC.

Após o discurso de Romney, o senador republicano pelo estado do Arizona John McCain, que perdeu as primárias em 2008, também rejeitou a candidatura de Trump.

Trump deixou a elite de seu partido preocupada com suas posições em relação ao comércio e à imigração, incluindo as promessas de construir um muro na fronteira com o México, deportar 11 milhões de imigrantes ilegais e impedir temporariamente a entrada de muçulmanos no país.

CN/rtr/ap