Russos invadem prefeitura de Kherson
3 de março de 2022- Rede de supermercados dos EUA deixa de vender todas as marcas de vodca russa
- Ataque a estação ferroviária de Kiev
- Mariupol relata ataques russos maciços na cidade
- Soldados russos invadem prédio da administração de Kherson
- ONU registra 752 civis mortos na Ucrânia
- Berlim pede ajuda a outros estados para receber refugiados
- Secretário de Estado afirma que EUA apoiarão esforços diplomáticos para cessar-fogo
- Macron diz que Europa vive "nova era" e precisa de novas estratégias de defesa
- Empresário russo Roman Abramovich coloca o Chelsea à venda
- Rússia divulga número de mortos e feridos pela primeira vez
- Rússia proíbe pagamentos de títulos e ações a investidores estrangeiros
- Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige fim da invasão da Ucrânia
- Exxon Mobil suspende operações na Rússia
- Número de refugiados ucranianos já é de quase 875 mil
- Pára-quedistas russos desembarcam em Kharkiv
- Ucrânia amanhece sob fortes ataques russos
- Ataque aéreo na cidade de Zhytomyr
- Biden anuncia fechamento do espaço aéreo americano para aeronaves russas
- Boeing suspende suporte para companhias aéreas russas
- Dezenas de japoneses se voluntariam para lutar na Ucrânia
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23.13 – Rede de supermercados dos EUA deixa de vender todas as marcas de vodca russa
A rede de supermercados Publix, com sede na Flórida, anunciou nesta quarta-feira a decisão de retirar de suas prateleiras as marcas de vodca de fabricação russa, em sinal de solidariedade com a Ucrânia.
"A Publix está com o povo da Ucrânia. Para mostrar nosso apoio, decidimos remover as marcas de vodca russa de nossas prateleiras. Isso inclui todas as nossas lojas de bebidas", disse a rede de supermercados de Lakeland em comunicado.
Por conta desta decisão, nenhuma vodca fabricada na Rússia estará disponível para venda em qualquer supermercado da Publix, rede fundada em 1930 e atualmente com cerca de 1.280 lojas em sete estados americanos.
A medida ocorre em meio à crescente pressão sobre as empresas americanas para proibir ou boicotar produtos vindos da Rússia, após a invasão da Ucrânia. (EFE)
22:22 – OSCE relata morte de membro em ataque a Kharkiv
A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informou que uma membro de sua missão especial de monitoramento, Maryna Fenina, foi morta durante o bombardeio russo a Kharkiv.
"Maryna foi morta enquanto buscava suprimentos para sua família em uma cidade que se tornou uma zona de guerra", disse a OSCE em comunicado.
"Em Kharkiv e outras cidades e vilas na Ucrânia, mísseis, bombas e foguetes estão atingindo prédios residenciais e centros urbanos, matando e ferindo civis inocentes - mulheres, homens e crianças", acrescentou o comunicado.
(DW)
21:56 – Caças entram no espaço aéreo sueco
De acordo com informações de Estocolmo, quatro caças russos entraram brevemente no espaço aéreo sueco. Segundo comunicado das forças armadas suecas, o incidente ocorreu nesta quarta-feira na ilha de Gotland, no Mar Báltico, e foi documentado por fotos.
O chefe da Força Aérea, Carl-Johan Edstrom, falou de "ação pouco profissional e irresponsável por parte do lado russo". (DW)
21:51 – Ataque a estação ferroviária de Kiev
Pesados ataques russos estão sendo novamente relatados na capital Kiev. De acordo com a empresa ferroviária estatal Ukrraisnytsia, um projétil atingiu o sul da estação principal da cidade e danificou levemente o prédio.
O conselheiro do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, disse que os destroços eram de um míssil russo abatido pela Força Aérea Ucraniana. De acordo com Herashchenko, um gasoduto de aquecimento urbano também foi danificado. (DW)
21:19 – Mariupol relata ataques russos maciços na cidade
A estrategicamente importante cidade portuária ucraniana de Mariupol está sob constante fogo russo, disse o prefeito, Wadym Boitschenko.
Em uma entrevista nesta quarta-feira, ele afirmou que a cidade foi atacada continuamente por mais de 14 horas. Segundo as autoridades, além do porto, alvos civis também foram atacados, incluindo uma maternidade e uma escola, deixando 42 pessoas feridas.
Também há ataques em áreas onde não não existe "infraestrutura militar", disse o chefe da administração militar regional, Pavlo Kyrylenko.
Boichenko acusou o exército russo de tentar impedir a saída de civis da cidade. Mariupol é considerada estrategicamente importante porque está localizada entre a Península da Crimeia, anexada pela Rússia, e as chamadas Repúblicas Populares no Donbass, que a Rússia reconheceu como independentes e onde lutam separatistas pró-Moscou. Se estivesse sob controle russo, seria mais fácil para as tropas se unirem.
O Ministério da Defesa britânico disse que Mariupol já estava cercada por tropas russas. A cidade é um grande reduto da minoria graga no país. (DW)
21:05 – Soldados russos invadem prédio da administração de Kherson
Soldados russos invadiram o prédio da administração pública da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, informou o prefeito, Igor Kolychayev. Ele apelou para que as tropas russas não atirassem em civis.
"Não temos forças armadas na cidade, apenas civis e pessoas que querem viver aqui", disse o prefeito.
Um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia disse que a cidade está sob "controle total" de soldados russos. Anteriormente, o governo ucraniano minimizou os relatos de uma ocupação russa na cidade.
19:28 – ONU registra 752 civis mortos na Ucrânia
Conforme o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), a guerra na Ucrânia já matou 752 civis até esta quarta-feira (02/03). A invasão russa começou oficialmente no dia 24 de fevereiro, às 4h, no horário da Europa Central (0h no Brasil). Outros 525 civis foram feridos.
Em um comunicado, a missão de monitoramento da guerra na Ucrânia observou que o número "é mais do que o total de baixas civis registradas pelo OHCHR na zona de conflito no leste da Ucrânia entre 2018 e 2021", quando 136 pessoas foram mortas.
"A maioria dessas baixas foi causada pelo uso de armas explosivas, com ampla área de impacto, incluindo bombardeios de artilharia pesada e sistemas de mísseis de múltiplos disparos, além de ataques aéreos", informou o comissariado da ONU.
No comunicado, também foi anunciado que a ONU "acredita que os números reais são consideravelmente mais altos, especialmente nos últimos dias, em território controlado pelo governo, uma vez que o recebimento de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas foi atrasado e muitos relatórios seguem pendentes de confirmação".
(DW)
18:23 – Berlim pede ajuda a outros estados para receber refugiados
A prefeita de Berlim, Franziska Giffey, pediu nesta quarta-feira (02/03) que outras regiões da Alemanha acolham refugiados vindos da guerra na Ucrânia.
"Há um foco muito grande em Berlim. Vamos administrar isso da melhor forma possível. Mas também precisamos do apoio dos outros estados", afirmou Giffey, que estima que a capital alemã deve receber pelo menos 20 mil ucranianos nos próximos dias.
Segundo a prefeita, Berlim - que é uma cidade-estado - já está em conversações com estados alemães próximos, como Brandemburgo, Saxônia-Anhalt e Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental.
A administração da cidade alemã também quer negociar com a empresa ferroviária Deutsche Bahn sobre a extensão de tickets que valiam somente até Berlim. A Deutsche Bahn tem oferecido viagens gratuitas de trem para ucranianos que se deslocam a partir da Polônia para a Alemanha.
Segundo a agência para refugiados da ONU, até o momento em torno de 875 mil pessoas já fugiram da Ucrânia desde a invasão russa, na quinta-feira da semana passada. O número, porém, segue "crescendo exponencialmente" e deve atingir 1 milhão entre esta quarta e quinta-feira.
(DW)
18:00 – Secretário de Estado afirma que EUA apoiarão esforços diplomáticos para cessar-fogo
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o custo humano da guerra na Ucrânia já é "alarmante".
O principal diplomata americano também afirmou que os EUA mantêm-se abertos para diálogos diplomáticos, mas deixou claro que a Rússia precisa parar com as agressões militares em solo ucraniano.
"Se a Rússia recuar e buscar a diplomacia, estamos prontos para fazer a mesma coisa", declarou Blinken.
Blinken deve viajar nos próximos dias para Bélgica, Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia e Moldávia para discutir a situação na Ucrânia.
Ele disse que conversou com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, assegurando apoio contínuo dos EUA.
"Se há medidas diplomáticas que podemos tomar que o governo ucraniano acredita que sejam úteis, estamos preparados para tomá-las, mesmo que continuemos a apoiar a Ucrânia para se defender", concluiu Blinken.
(DW)
17:15 – Macron diz que Europa vive "nova era" e precisa de novas estratégias de defesa
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (02/03) que a Europa vive uma "nova era" após a invasão russa na Ucrânia. E repetiu o apelo de que o continente precisa se encarregar de sua própria segurança.
"A guerra na Ucrânia é uma profunda ruptura para nosso continente, para nossa geração. Ela significa que teremos de tomar decisões. Não podemos mais depender de outros para nos defender", afirmou Macron, em discurso televisivo.
Macron também elogiou os militares ucranianos, mas advertiu que "os próximos dias provavelmente serão cada vez mais difíceis".
Falando em frente à bandeira da Ucrânia e ao lado das bandeiras da Europa e da França, Macron disse que "Putin escolheu essa guerra sozinho".
O presidente francês, no entanto, prometeu que vai seguir conversando com Putin para tentar parar sua ofensiva militar.
As consequências da invasão russa devem prejudicar a economia da França, mas Macron disse que seu governo trabalha para proteger as famílias das pressões econômicas, como o aumento dos preços e a inflação.
(DW)
16:29 – Abramovich coloca o Chelsea à venda
O empresário russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea Footbal Club, de Londres, decidiu vender o clube e prometeu doar "todas as receitas líquidas do negócio" para ajudar as vítimas da guerra na Ucrânia.
Em um comunicado, Abramovich disse que sempre tomou decisões baseado "com o melhor interesse para o clube".
A venda não deve ocorrer imediatamente e seguirá uma série de processos e análises.
"Acredito que isso é o melhor para o clube, para os fãs, para os funcionários, assim como para os patrocinadores e parceiros", disse o empresário.
Abramovich informou que uma fundação beneficente vai ser criada "em benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia".
"Isso inclui o fornecimento de fundos para necessidades urgentes e imediatas de vítimas, assim como o apoio ao trabalho de recuperação a longo prazo", acrescentou.
Ele também disse que não vai pedir reembolso de empréstimos que fez ao Chelsea: "Isso nunca foi sobre negócios, nem dinheiro para mim, mas sobre pura paixão pelo esporte e pelo clube".
Abramovich assumiu o Chelsea em 2003, época em que o clube não conquistava o título da primeira divisão inglesa de futebol desde 1955. Desde então, foram cinco títulos do Campeonato Inglês, duas Ligas dos Campeões e um Mundial de Clubes.
(DW)
15:33 – Rússia divulga número de mortos e feridos pela primeira vez
Pela primeira vez desde o início da invasão à Ucrânia, na quinta-feira da semana passada (24/02), o exército russo divulgou estatísticas de soldados mortos e feridos em combate.
Segundo o Ministério da Defesa, 498 militares russos morreram e 1.597 foram feridos.
Os números foram divulgados depois que o presidente da Ucrânia, Volodomir Zelenski, disse que em torno de 6 mil russos já haviam sido mortos.
O general russo Igor Konashenkov negou que ocorreram "perdas incalculáveis" e tratou os relatos do governo ucraniano como "desinformação".
Logo depois que a Rússia anunciou os números, Kiev informou que 7 mil russos já morreram.
(DW)
14:48 – Rússia proíbe pagamentos de títulos e ações a investidores estrangeiros
Investidores estrangeiros que detêm ações em rublo, a moeda russa, estão impossibilitados de receberem qualquer tipo de pagamento referente a esses títulos. O Banco Central russo anunciou a suspensão temporária do repasse desses valores, em uma retaliação direta no setor econômico devido às sanções impostas pelo Ocidente à Rússia.
O bloqueio atinge bilhões de dólares em investimentos de estrangeiros no país.
Nesta quarta-feira (02/03), o Banco Central da Rússia também proibiu o pagamento de dívidas de investidores estrangeiros em rublo. As empresas russas também foram proibidas de repassar valores a acionistas estrangeiros.
Moscou não especificou quanto tempo a medida, que não se aplica a investidores russos, permanecerá em vigor.
(Reuters)
14:20 – Assembleia Geral da ONU aprova resolução que exige fim invasão da Ucrânia
A Assembleia-Geral da ONU adotou por ampla maioria uma resolução que exige o fim da ofensiva russa e a retirada imediata de suas tropas da Ucrânia, em uma poderosa demonstração de repúdio às agressões de Moscou.
Após mais de dois dias de debates, 141 dos 193 Estados-membros da Assembleia – entre estes, o Brasil – votaram a favor da resolução, que não tem efeito vinculativo, ou seja, não obriga a Rússia a segui-la.
A China foi um dos 35 países que se abstiveram, enquanto somente cinco votaram contra a resolução, entre eles Eritreia, Síria, Coreia do Norte e Belarus.
A resolução condena nos termos mais fortes a invasão da Ucrânia pela Rússia e rechaça a decisão do presidente Vladimir Putin de colocar em alerta suas forças nucleares. (AFP, AP)
13:49 – Ucrânia e Rússia retomam conversações sobre possível cessar-fogo
As negociações entre a Ucrânia e a Rússia serão retomadas nesta quinta-feira, informou o governo russo. Segundo o negociador-chefe de Moscou, um possível cessar-fogo também está na agenda.
De acordo com o governo em Kiev, a delegação ucraniana já estaria a caminho da fronteira com Belarus, onde ocorreu a primeira rodada das conversas.
13:05 – Exxon Mobil suspende operações na Rússia
A petrolífera Exxon Mobil anunciou a suspensão de suas operações de petróleo e gás na Rússia, de valor acumulado de mais de 4 bilhões de dólares (aproximadamente 20,7 bilhões de reais), e o cancelamento de novos investimentos no país, em razão das agressões russas à Ucrânia. (AFP)
12:43 – Número de refugiados ucranianos já é de quase 875 mil
O número de refugiados que deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa ao país já é de quase 875 mil, segundo dados da ONU.
No total, 874.026 pessoas atravessaram as fronteiras da Ucrânia para as nações vizinhas. Muitos deles, porém, não desejam permanecer em países como Polônia ou Hungria.
Segundo dados oficiais, em torno de 5 mil ucranianos prosseguiram até a Alemanha. As autoridades estimam que o número verdadeiro deva ser ainda maior, uma vez que não há restrições de viagem ou controles na fronteira entre a Polônia e a Alemanha.
Somente na noite de terça-feira, em torno de 1,3 mil refugiados ucranianos chegaram de trem à estação central de Berlim, vindos da Polônia. (AFP, dpa)
12:08 – Ucrânia convida mães de soldados russos capturados a buscarem seus filhos
A Ucrânia convidou as mães dos soldados russos capturados nos campos de batalha para irem ao país buscar seus filhos, em uma aparente tentativa de constranger Moscou.
"Tomamos a decisão de devolver os soldados russos capturados às suas mães, se elas vierem recolhê-los na Ucrânia, em Kiev", informou em nota o Ministério ucraniano da Defesa.
A Ucrânia afirma ter apreendido dezenas de soldados da Rússia. Vídeos feitos em telefones celulares, que circulam na internet, mostram imagens de jovens, supostamente russos, de uniforme e desarmados, com expressão de espanto.
Kiev abriu uma linha telefônica direta e divulgou um endereço de email para os pais russos averiguarem se seus filhos estão entre os mortos ou capturados.
"Vocês serão convidados a virem a Kiev, onde seus filhos lhes serão devolvidos", afirma a nota do Ministério. "Ao contrário dos fascistas de Putin, nós, ucranianos, não declaramos guerra às mães e seus filhos capturados." (AFP)
11:05 – Suspensão do Nord Stream 2 trará "danos irreparáveis" às relações com Alemanha, diz Rússia
O Ministério Russo do Exterior afirmou que a decisão alemã de congelar o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2 é inaceitável e causará damos irreparáveis às relações bilaterais. Segundo a pasta, a medida deve levar também a um inevitável aumento no preço do gás.
O Nord Stream 2 é o gasoduto submarino mais longo do mundo, custou 9,5 bilhões de euros (R$ 54,5 bilhões) e foi concluído em setembro de 2021, mas não chegou a entrar em funcionamento devido à falta de aprovação de órgãos reguladores alemães. O projeto acabou travado por tempo indeterminado como parte dos pacotes de sanções da Alemanha e dos Estados Unidos à Rússia pela invasão da Ucrânia.
O gasoduto sob o Mar Báltico foi desenvolvido para ampliar o fornecimento de gás russo para a Alemanha. Durante a sua construção, Berlim argumentou que o projeto era necessário para atuar como uma ponte na transição para a energia limpa, a fim de substituir combustíveis fósseis e energia nuclear por fontes sustentáveis (como eólica e solar). O projeto demorou mais de uma década para sair do papel.
A empresa Nord Stream 2 AG, sediada na Suíça e responsável pelo planejamento, construção e operação do gasoduto homônimo, que conecta Rússia e Alemanha, estaria prestes a falir. (Reuters)
10:43 – Prefeito de Mariupol denuncia brutalidade das tropas russas no cerco à cidade
O prefeito de Mariupol, onde se localiza o principal porto do país, relatou múltiplas mortes nas últimas horas, enquanto a cidade enfrenta ataques ininterruptos por parte das forças russas que impõem um cerco ao local.
"As forças inimigas de ocupação da Federação Russa fazem de tudo para impedir a saída de civis, da cidade de meio milhão de pessoas", afirmou o prefeito, Vadym Boichenko. Ele denunciou que o abastecimento de água foi interrompido.
Mariupol, no Mar de Azov, é considerada de grande importante estratégica pelos russos. (Reuters)
08:17 – Opositor russo convoca protestos diários contra a guerra
Da prisão, o opositor russo Alexei Navalny convocou nesta quarta-feira protestos diários contra a invasão da Ucrânia e afirmou que seu país não pode ser "uma nação de covardes assustados".
"Peço a todos que saiam às ruas e lutem por paz", disse Navalny num comunicado publicado no Facebook, acrescentando que os manifestantes não devem ter medo da prisão. "Tudo tem um preço e agora, na primavera de 2022, devemos pagar esse preço", destacou.
Navalny foi preso em janeiro de 2021 em Moscou, ao retornar da Alemanha, onde passou cinco meses se recuperando de um envenenamento por um agente nervoso desenvolvido na época da União Soviética. Ele acusa o Kremlin de tentar matá-lo. O governo russo nega.
No começo de fevereiro de 2021, um tribunal da Rússia sentenciou Navalny a dois anos e meio de prisão. A Justiça alegou que o ativista, em sua estada na Alemanha, tenha violado as condições de sua liberdade condicional relacionada a uma sentença proferida em 2014, ao não se apresentar regularmente para as autoridades.
A sentença original envolve um suposto caso de fraude, num processo que foi considerado politicamente motivado e declarado ilícito pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. (AFP)
08:00 – Como as armas doadas pelo Ocidente chegarão à Ucrânia?
A União Europeia (EU) destinou 450 milhões de euros para a compra de armas letais para as Forças Armadas da Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea, armas antitanque, munições e outros equipamentos militares. Outros 50 milhões de euros serão gastos no fornecimento de suprimentos não letais, como combustível, equipamentos de proteção, capacetes e kits de primeiros socorros.
Os EUA também reforçaram seus repasses e irão fornecer mais 350 milhões de dólares em assistência militar, incluindo mísseis antitanque Javelin, mísseis antiaéreos Stinger, armas de pequeno calibre e munição.
Embora a ajuda militar de países ocidentais dê um grande impulso para a Ucrânia em seu esforço para repelir as forças russas, há dúvidas sobre a logística e os possíveis obstáculos para a entrega deste equipamento.
07:44 – Rússia teria assumido controle da região em torno da maior usina nuclear da Ucrânia
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a Rússia afirma ter assumido o controle da região em torno da maior usina nuclear da Ucrânia localizada em Zaporíjia, no sudeste do país. A informação foi relatada por Moscou ao órgão de controle nuclear da ONU através de uma carta.
A AIEA disse que a Rússia relatou que os funcionários da usina, que possui seis dos 15 reatores do país, continuam trabalhando normalmente e que os níveis de radiação permanecem normais.
A Rússia assumiu ainda o controle da usina nuclear de Chernobyl, que foi desativada após o maior acidente nuclear do mundo em 1986.
A agência da ONU informou ainda que recebeu um pedido da Ucrânia para fornecer assistência na coordenação das atividades para garantir a segurança em Chernobyl e em outras usinas nucleares. (AP)
07:10 – Rússia quer retomar em breve negociações com a Ucrânia
A Rússia afirmou que sua delegação estará pronta nesta quarta-feira para retomar as negociações com a Ucrânia para um cessar-fogo. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a equipe de Moscou estará a postos a voltar para a mesa de conversas no fim da tarde desta quarta-feira. Ele não indicou onde a segunda rodada deve acontecer.
Autoridades ucranianas ainda não se manifestaram sobre a declaração russa.
A primeira rodada de negociações para um cessar-fogo ocorreu na segunda-feira próximo a fronteira entre Belarus e Ucrânia e terminou sem avanços, apesar de ambos os lados concordarem em continuar as conversas. (AP)
06:22 – Dezenas de japoneses se voluntariam para lutar na Ucrânia
Ao menos 70 japoneses responderam ao chamado do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, para se juntar as tropas ucranianas e lutar contra a invasão russa. No domingo, Zelenski pediu ajuda para formar uma "legião internacional" de combatentes voluntários, o que levou dezenas de canadenses e americanos a se voluntariar.
De acordo com o jornal Mainichi Shimbun, entre os voluntários estão 50 ex-integrantes das Forças de Autodefesa do Japão e dois veteranos da Legião Estrangeira.
A embaixada da Ucrânia no Japão afirmou que os voluntários precisam ter experiência nas Forças de Autodefesa do Japão ou terem recebido formação especializada.
A embaixada publicou ainda que a Ucrânia precisa de voluntários médicos, além de especialistas em informática, comunicação e em combate a incêndios.
06:00 – Rússia diz ter assumido controle de Kherson
Uma semana depois do início da guerra, a Rússia afirma ter mesmo assumido o controle da primeira grande cidade ucraniana, Kherson, com cerca de 250 mil habitantes. O governo ucraniano não confirmou a informação. A cidade fica no Mar Negro, perto da fronteira russa ao norte da Crimeia, a península ucraniana anexada pelos russos em 2014.
"As unidades do exército russo assumiram o controle total da capital regional de Kherson", disse o porta-voz das forças armadas russas, Igor Konashenkov, assegurando que as "infraestruturas civis" e os transportes públicos estavam funcionado normalmente.
Após o exército dizer ter conquistado Kherson, os separatistas pró-russos anunciaram ter conseguido bloquear totalmente Mariupol, também no sul da Ucrânia. Outra informação não confirmada pelo lado ucraniano. Os separatistas estariam agora tentando convencer as forças ucranianas a depor as armas e a criar um corredor humanitário para que os civis possam deixar a cidade.
Em vídeo divulgado nesta quarta-feira, presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que quase 6 mil soldados russos teriam morrido nos primeiros seis dias de guerra. Essa informação não foi confirmada por fontes independentes. (Reuters, Lusa)
05:30 – Como Putin está mudando a Europa
A guerra do presidente russo, Vladimir Putin, contra a Ucrânia desencadeou uma série de consequências não intencionais: uniu a Europa, pôs fim a bajulações econômicas e políticas de alguns países da União Europeia (UE), levou muitos de seus velhos amigos à clandestinidade e pôs um fim temporário às disputas mesquinhas.
O entusiasmo pela nova unidade pode ser temporário, pois o preço para as duras sanções ainda não foi pago. No entanto, a guerra de Putin é como um elixir da longa vida para a UE, vacas sagradas estão sendo abatidas e um novo vento sopra pelo bloco.
04:15 – Pára-quedistas russos desembarcam em Kharkiv
Militares da Ucrânia dizem que tropas russas desembarcaram na cidade oriental de Kharkiv. "Há uma luta em andamento entre os invasores e os ucranianos", disseram os militares em um comunicado no aplicativo de mensagens Telegram.
Anton Gerashchenko, conselheiro do ministro do Interior ucraniano, disse que um incêndio começou no quartel de uma escola de aviação nesta quarta-feira, após um ataque aéreo.
"Praticamente não há áreas em Kharkiv que não tenham sido atingidas por um projétil de artilharia", disse ele em um comunicado no Telegram.
A segunda maior cidade do país abriga cerca de 1,4 milhão de pessoas e fica perto da fronteira com a Rússia. O local tem sido alvo das tropas russas desde o início da invasão.
A administração da cidade disse que pelo menos 21 pessoas foram mortas em bombardeios e 112 ficaram feridas.
O correspondente da DW Mathias Bölinger, que está no oeste da Ucrânia, disse que houve ataques contínuos a Kharkiv, à capital Kiev, e à cidade de Kherson, no sul.
"As tropas russas estão dentro da cidade de Kherson", disse ele. "Esta seria a primeira grande cidade na Ucrânia onde eles parecem ter tomado o controle, embora a luta ainda esteja acontecendo. Nada está decidido ainda", afirmou.
Bölinger também disse que não está claro o que o enorme comboio militar russo que avança em direção a Kiev fará a seguir.
03:28 – Ucrânia amanhece sob fortes ataques russos
A mídia ucraniana reportou no começo da manhã desta quarta-feira (horário local) sirenes de alerta em várias cidades, com moradores buscando refúgio em abrigos.
De acordo com o jornal The Kyiv Independent, o Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Ucrânia disse que as forças russas estão tentando avançar em todas as direções, mas encontram resistência dos militares ucranianos em todos os lugares e estão sofrendo perdas.
02:22 – Bolsa de Valores de Moscou fechada
As negociações na Bolsa de Valores de Moscou permanecem suspensas nesta quarta-feira pelo terceiro dia seguido, mas o Banco Central da Rússia disse que permitirá uma gama limitada de operações pela primeira vez nesta semana.
As sanções ocidentais impostas pela invasão da Ucrânia levaram o rublo da Rússia a uma queda recorde. Em resposta, o Banco Central mais que dobrou as taxas de juros, para 20%.
01:58 – Tropas russas desembarcam em Kharkiv
O exército ucraniano informou que tropas aerotransportadas russas desembarcaram na madrugada desta quarta-feira em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.
"Combates estão ocorrendo entre invasores e ucranianos", informou o exército pelo Telegram.
A agência Unian informou que soldados russos atacaram um centro médico militar na cidade.
01:17 – Putin decreta que russos não podem sair com mais de US$ 10.000
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto para impedir que os russos deixem o país com mais de 10.000 dólares em moeda estrangeira, informou a mídia estatal.
A medida é uma tentativa de "garantir a estabilidade financeira da Rússia", de acordo com um comunicado da assessoria de imprensa do Kremlin.
01:13 – Moscou ameaça bloquear Wikipedia
As autoridades russas ameaçaram bloquear a oferta em russo da Wikipedia em razão de um artigo detalhando a invasão na Ucrânia.
A Wikipedia russa disse que o regulador estatal de comunicações enviou uma notificação da promotoria. O aviso reclama de "relatos sobre inúmeras baixas entre o pessoal de serviço da Federação Russa e também da população civil da Ucrânia, incluindo crianças".
01:04 – O perigo da invasão russa para a minoria grega na Ucrânia
Nos primeiros cinco dias da invasão russa na Ucrânia, 12 membros da minoria grega foram mortos na aldeia de Sartanas, perto da cidade de portuária ucraniana de Mariupol.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Grécia, eles foram vítimas de bombardeios das forças russas, o que levou a pasta a apresentar um "forte protesto" junto ao embaixador russo em Atenas.
Os gregos vivem nesta área há milhares de anos, e hoje são uma minoria calculada entre 100.000 e 150.000 pessoas. A invasão russa é perigo para eles.
00:30 – Boeing suspende suporte para companhias aéreas russas
A fabricante americana de aeronaves Boeing informou que deixará de fornecer peças, manutenção e suporte técnico para companhias aéreas russas.
"À medida que o conflito continua, nossas equipes estão focadas em manter nossos colegas seguros na região", disse um porta-voz da Boeing.
A empresa já havia suspendido as operações de treinamento em Moscou e fechado temporariamente seu escritório em Kiev.
00:24 – Ataque aéreo na cidade de Zhytomyr
Um ataque aéreo foi relatado da cidade ucraniana de Zhytomyr. Mísseis de cruzeiro russos danificaram vários edifícios, incluindo um hospital, informou a agência de notícias Unian. Segundo as autoridades, duas pessoas morreram e dez ficaram feridas. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram casas em chamas e equipes de resgate.
"Não será uma noite tranquila", disse o prefeito, Serhiy Sukhomlyn.
Zhytomyr fica a cerca de 140 quilômetros a oeste da capital Kiev.
00:03 – Biden anuncia fechamento do espaço aéreo americano para aeronaves russas
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira a decisão de fechar o espaço aéreo do país às companhias aéreas da Rússia, seguindo o que já havia sido feito pela União Europeia (UE) e pelo Canadá.
"Esta noite, anuncio que nos uniremos aos nossos aliados e fecharemos o espaço aéreo americano a todos os voos russos, para isolar ainda mais a Rússia e asfixiar ainda mais a sua economia", declarou Biden, que recebeu aplausos de pé em seu primeiro discurso sobre o Estado da União, perante as duas câmaras do Congresso dos EUA.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse na segunda-feira passada que não era fácil para Washington tomar tal decisão, o que certamente provocaria uma medida recíproca de Moscou porque muitas das suas companhias aéreas "sobrevoam a Rússia para ir para a Ásia".
A Rússia fechou na segunda-feira o seu espaço aéreo a voos de 36 países, incluindo todos os países da União Europeia e o Canadá, em resposta à mesma medida tomada por estas nações após o início da invasão russa à Ucrânia, de acordo com a Agência Federal de Transportes Aéreos (Rosaviatsia).
As medidas europeias de retaliação à operação militar da Rússia contra a Ucrânia forçaram a companhia aérea russa Aeroflot a suspender todos os voos para a Europa e países vizinhos.
Também foram cancelados voos para vários dos seus destinos nos Estados Unidos e na América Latina, uma vez que o fechamento do espaço aéreo europeu e canadense obriga os aviões a fazerem um longo desvio.
(EFE)
le,rc,gb/bl