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Conferência de Copenhague

18 de novembro de 2009

Presidente Dimitri Medvedev fala em redução de até 25% nas emissões de CO2 em relação aos níveis de 1990, o que aproxima a Rússia das metas propostas pela União Europeia para a conferência de Copenhague.

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Medvedev (e), Fredrik Reinfeldt, premiê sueco, e BarrosoFoto: AP

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (18/11), a poucos dias do início da conferência de Copenhague, que assumirá as metas de redução de gases do efeito estufa da União Europeia (UE) e pretende diminuir suas emissões em até 25% em relação aos níveis de 1990.

Segundo declarações do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, o presidente Dimitri Medvedev disse durante a cúpula UE-Rússia, realizada em Estocolmo, que seu país pretende reduzir suas emissões de gás carbônico (CO2) entre 20% e 25% nos próximos 11 anos.

O próprio Medvedev não falou em números diante dos jornalistas, mas a agência de notícias russa Interfax citou o presidente russo, afirmando que ele havia proposto um corte de até 25% nas emissões até 2020. A redução seria obtida por meio da melhoria da "efetividade energética" das indústrias.

A União Europeia propõe diminuir suas emissões em 20% até 2020 em comparação com os níveis de 1990 e chegar a até 30% caso outras economias desenvolvidas assumam compromissos semelhantes. Antes do encontro em Estocolmo, o governo russo falava numa redução de 15% até 2020.

Ingresso na OMC

Medvedev também anunciou durante o encontro que a Rússia deseja ingressar o mais rapidamente possível na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas ainda não decidiu se o fará como país ou como integrante de uma união aduaneira com o Cazaquistão e Belarus.

"O que ainda está pendente (…) é se (a entrada da Rússia) será parte de um processo de ingresso de nossa união aduaneira na OMC ou o faremos separadamente, mas combinando uma posição com nossos parceiros", disse Medvedev, acrescentando que o mais importante é que o ingresso se dê o quanto antes.

A união aduaneira da Rússia com o Cazaquistão e com Belarus entrará em vigor em 1º de janeiro de 2010, criando um mercado de 165 milhões de pessoas. Integrar a OMC abriria mercados para a Rússia, o maior país fora da organização composta por 153 nações, e também daria possibilitaria aos membros da organização o acesso ao mercado russo.

Os países da UE pressionam há tempo a integração da Rússia à OMC, o que daria aos europeus uma maior segurança jurídica na hora de investir no país e também no comércio mútuo.

AS/dpa/afp/rtr

Revisão: Roselaine Wandscheer