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Rússia prende sete depois de ataque em São Petersburgo

5 de abril de 2017

Detidos são acusados de recrutar pessoas para grupos terroristas, como o "Estado Islâmico". Polícia afirma que não há provas do envolvimento dos sete suspeitos no atentado no metrô da segunda maior cidade do país.

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Russos homenageiam vítimas do atentado
Russos homenageiam vítimas do atentadoFoto: picture-alliance/dpa/Lehtikuva/J. Nukari

Dois dias depois do atentando no metrô de São Petersburgo, a polícia russa prendeu nesta quarta-feira (05/04) sete suspeitos de recrutar pessoas para grupos extremistas, entre eles para o "Estado Islâmico" (EI). As autoridades não informaram se os detidos têm alguma ligação com o ataque que deixou 14 mortos e dezenas de feridos.

Os detidos são cidadãos de países de Ásia Central e foram acusados de recrutar imigrantes de antigas repúblicas soviéticas para integrar organizações terroristas e cometer crimes. O Comitê de Instrução disse que tinha registros das casas dos suspeitos, onde apreenderam materiais islamitas de caráter extremista e outros documentos.

Os investigadores estão analisando os contatos dos detidos, no entanto, afirmaram que, por enquanto, não há provas que os liguem ao atentado em São Petersburgo, onde o principal suspeito é um homem nascido no Quirguistão, uma ex-república soviética de maioria muçulmana, e naturalizado russo.

As autoridades russas realizaram também uma operação na casa do suposto terrorista suicida, identificado como Akbarzhon Jailov, de 22 anos. Aparentemente, foi ele quem detonou uma bomba que estava presa em seu corpo, num vagão do metrô quando circulava entre duas estações.

A polícia acredita que Jailov colocou a segunda bomba na estação do metrô estação Ploshchad Vosstaniya. O artefato foi encontrado e desativado. Câmeras de segurança mostraram o suspeito saindo de seu apartamento na segunda-feira com uma mala e uma mochila.

Na casa de Jailov, a polícia encontrou objetos similares aos usados nas bombas do atentando. O apartamento foi alugado pelo suspeito um mês antes do atentado.

Duas bombas

O ataque na segunda maior cidade russa ainda não foi reivindicado por nenhuma organização. As primeiras investigações indicam que Jailov agiu sozinho ao pôr uma bomba na estação Ploshchad Vosstaniya e depois detonar os explosivos que levava junto ao corpo num vagão de trem na estação Sennaya Ploshchad.

A explosão, por volta das 14h40 (horário local) da segunda-feira, atingiu dois vagões próximo à estação Sennaya Ploshchad, que encheu de fumaça, sendo logo esvaziada. Após o impacto, o maquinista ainda conduziu o metrô até chegar à Sennaya Ploshchad, o que ajudou a remover os feridos e a salvar vidas.

CN/ap/rtr/efe