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Eleições

17 de junho de 2007

Ao contrário do que indicavam todas as enquetes, os correligionários conservadores do presidente Nicolas Sarkozy não conquistaram a maioria de dois terços na Assembléia Nacional.

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Poucos eleitores compareceram às urnas na etapa final das eleições francesasFoto: AP
Frankreich Parlamentswahlen Nicolas Sarkozy
Nicolas SarkozyFoto: picture-alliance/ dpa

O presidente francês Nicolas Sarkozy não obteve a maioria de dois terços das cadeiras da Assembléia Nacional, ao contrário das expectativas. No entanto, ele dispõe de uma maioria absoluta que poderá viabilizar sua política de reformas.

As estimativas de boca de urna apontam que o partido conservador União por um Movimento Popular (UMP) e o Novo Centro conquistaram juntos de 336 a 351 das 577 cadeiras na Assembléia Nacional em Paris. O número de cadeiras que cabe aos socialistas deverá oscilar entre 202 e 219. Os comunistas podem contar com no mínimo 12 e no máximo 19 mandatos. A Frente Nacional, de extrema direita, não conquistou nenhum mandato parlamentar.

Reação ao aumento de imposto?

Nos dias que precederam a votação deste domingo (17/06), a elevação do imposto sobre valor agregado (IVA), planejada pelo governo Sarkozy para financiar o sistema de seguridade social, foi o principal assunto dos jornais franceses. Os analistas políticos reconheceram que o governo estava na defensiva, mas não esperavam nenhuma desvantagem na fase final das eleições.

Todas as enquetes atribuíam dois terços dos votos para os conservadores da aliança de Sarkozy. Às 17h (horário local), somente 50% dos eleitores haviam comparecido às urnas.

Rompida tradição de 50 anos

Os franceses escolhem seu Parlamento com base no chamado sistema de votação por maioria. Na primeira fase das eleições, há uma semana, 110 candidatos haviam garantido, por maioria absoluta, seu posto entre as 577 cadeiras da Assembléia Nacional. Na segunda etapa do processo eleitoral, concluída neste domingo, os 933 candidatos que conquistaram pelo menos 12,5% dos votos na primeira fase disputaram as 467 cadeiras restantes. A maioria simples é suficiente nesta etapa final.

Nos últimos 50 anos, a França foi governada por alianças de esquerda e de direita que dispunham de uma maioria de dois terços. Em três casos, um único partido controlava o Parlamento. Em 1993, a oposição socialista só tinha 53 deputados contra a aliança conservadora, que ocupava 449 cadeiras da Assembléia Nacional, detendo – portanto – uma maioria de três quartos.

O resultado oficial da última etapa das eleições francesas deverá ser divulgado na segunda-feira (18/06). (sm)