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PolíticaFrança

Paris terá greve em aeroportos às vésperas das Olimpíadas

8 de julho de 2024

Entidades reivindicam bônus para funcionários dos dois principais terminais aeroviários da capital francesa. Paralisação poderá afetar chegada de turistas e atletas.

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Pessoa empurrando carrinho com bagagem em corredor de aeroporto, com aviões ao fundo na pista de pouso
Aeroportos Charles de Gaulle e Orly serão a principal porta de entrada na França para visitantes estrangeiros durante a OlimpíadaFoto: Francois Mori/AP/picture alliance

Os sindicatos dos trabalhadores em aeroportos de Paris informaram nesta segunda-feira (08/07) que convocaram uma greve na semana anterior à abertura dos Jogos Olímpicos para exigir bônus para todos os funcionários.

As entidades CGT, CFDT, FO e UNSA anunciaram a paralisação para o dia 17 de julho, nove dias antes do início do evento esportivo em Paris, para exigir que todos os funcionários recebam um bônus, denunciando "decisões unilaterais da gerência executiva de pagar um bônus a apenas parte dos funcionários". Além disso, eles pedem um plano de contratação "massivo" de 1.000 cargos.

Os sindicatos do grupo estatal ADP, que administra os principais aeroportos da capital francesa, Charles de Gaulle e Orly, já haviam convocado uma greve para 19 de maio, que não causou grandes interrupções.

Até 350 mil passageiros por dia

Esses dois aeroportos serão a principal porta de entrada na França para visitantes estrangeiros durante os Jogos Olímpicos, quando até 350 mil pessoas devem passar por dia por eles, assim como a maioria dos atletas e seus equipamentos.

Espera-se que milhares de atletas cheguem a Paris a partir de 18 de julho, quando a Vila Olímpica será inaugurada. No aeroporto Charles de Gaulle, um terminal temporário foi montado para bagagens especiais, como caiaques, bicicletas e bastões.

Os sindicatos de funcionários públicos de todo o país pediram pagamento extra para compensar o trabalho durante os Jogos, de 26 de julho a 11 de agosto, que coincide com o período de férias na França.

Antes da convocação da greve, o grupo ADP havia anunciado algumas medidas para tentar convencer os trabalhadores a se mobilizarem no período dos Jogos: bônus de 70 a 100 euros por dia aos 1.500 colaboradores da sede, além de voluntários para reforçar as equipes nos terminais. Além disso, anunciou que serão concedidos dias de folga adicionais a todos que concordarem em tirar férias fora do período de realização das Olimpíadas.

md/le (AFP, Reuters, ots)