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Talibã anuncia novo líder

25 de maio de 2016

Quatro dias após a morte do mulá Akhtar Mohammad Mansur em bombardeio americano, extremistas afegãos nomeiam novo chefe. Notícia é divulgada no mesmo dia que atentado mata dez membros do sistema judiciário afegão.

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Akhundzada é visto como uma figura unificadora num movimento extremista cada vez mais fragmentado
Akhundzada é visto como uma figura unificadora num movimento extremista cada vez mais fragmentadoFoto: picture-alliance/dpa/Afghan Islamic Press via AP

Os talibãs afegãos anunciaram nesta quarta-feira (25/05) que nomearam o mulá Haibatullah Akhundzada como novo líder religioso, depois de confirmarem oficialmente a morte do mulá Akhtar Mohammad Mansur, num ataque com drones lançado no sábado pelos Estados Unidos.

O anúncio surpreendeu e coincidiu com um atentado suicida dos talibãs perto de Cabul, que matou pelo menos dez funcionários de um tribunal de Justiça nos arredores da cidade. O ato foi classificado pelos talibãs como vingança e deixou evidente o poder dos insurgentes, apesar da mudança de liderança.

O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que o ataque contra funcionários do sistema judiciário foi uma resposta à decisão do governo afegão no início do mês de executar seis prisioneiros talibãs.

Novo chefe talibã, Akhundzada é visto como uma figura unificadora num movimento extremista cada vez mais fragmentado, embora ainda não esteja claro se ele vai seguir o rumo tomado por Mansur, de rejeitar negociações de paz com o governo afegão.

"Haibatullah Akhundzada foi nomeado como o novo líder do Emirado Islâmico [Talibã], após um acordo unânime na shura [conselho supremo], e todos os membros da shura prometeram lealdade a ele", afirmaram os insurgentes, através de comunicado.

O presidente dos EUA, Barack Obama, que autorizou os ataques aéreos, tinha confirmado a morte segunda-feira. Ele disse que Mansur rejeitava esforços de "se envolver seriamente em negociações de paz", acrescentando que negociações diretas com o governo afegão são a única forma de se acabar com o conflito no país.

MD/afp/rtr/lusa