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Taxa básica de juros da zona do euro baixa para nível histórico

5 de julho de 2012

BCE fixa taxa para empréstimos a bancos em 0,75%, na terceira redução desde a posse de Mario Draghi à frente do banco. Mercados financeiros mostram-se decepcionados, pois esperavam medidas adicionais. Euro cai, Dax sobe.

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Foto: dapd

A luta contra a crise de endividamento obrigou o Banco Central Europeu (BCE) a uma redução histórica da taxa básica de juros para 0,75%, nesta quinta-feira (05/07). A medida foi decidida por unanimidade numa reunião do conselho da instituição. É a primeira vez na história da União Monetária Europeia que os juros chegam abaixo da marca de 1%, até então considerada tabu.

Os mercados financeiros já contavam com a decisão, mas reagiram com decepção, devido à ausência de outras medidas monetárias. Após a divulgação pelo BCE, o euro caiu mais de 0,5%, ficando em menos de 1,25 dólar. Em contrapartida, o Dax, da Bolsa de Frankfurt, e outros índices elevaram-se ligeiramente.

Medida de aquecimento

Os bancos tomam emprestado dinheiro do BCE segundo a taxa básica de juros, e o repassam a empresas e consumidores, na forma de créditos. Quando ela é pequena, os créditos para aquecimento da economia e para a construção civil também ficam baratos.

Desde que Mario Draghi assumiu a presidência do banco sediado em Frankfurt, no último trimestre de 2011, esta é a terceira vez que a taxa básica é reduzida – as demais foram em novembro e dezembro passados. Draghi declarou após a reunião do conselho que os bancos precisam fortalecer a própria resistência e apresentar balanços sólidos, de forma a fornecer suficiente capital para a economia.

Mario Draghi, chefe do BCE
Mario Draghi, chefe do BCEFoto: dapd

Com esta nova redução, o Banco Central espera aquecer a enfraquecida conjuntura da zona do euro e injetar capital nas instituições bancárias abaladas. Economistas e observadores profissionais colocam em dúvida se a medida cumpre tal meta.

De Copenhague a Pequim

Pouco antes da instituição europeia, o Bank of England também relaxara seu curso monetário, embora sem tocar na taxa básica de 0,5%. Em vez disso, os britânicos pretendem colocar mais dinheiro em circulação, após apenas dois meses de pausa.

O banco dirigido por Mervyn King pretende comprar mais 50 bilhões de libras (62,5 bilhões de euros) em títulos de dívida pública, nos próximos meses, imprimir mais dinheiro e usá-lo para auxiliar a real economia e o sistema bancário.

Sede do Bank of England em Londres
Sede do Bank of England em LondresFoto: AP

Em reação à medida do BCE, o banco central dinamarquês reduziu sua taxa básica de juros de 0,25% para 0,2%. A instituição monetária da China igualmente relaxou sua política monetária nesta quinta-feira, a fim de manter em andamento o boom econômico no país.

AV/rtr/afp/dw/dapd
Revisão: Roselaine Wandscheer