Treze franceses morrem em operação contra jihadistas no Mali
26 de novembro de 2019Ao menos 13 soldados franceses morreram após a colisão entre dois helicópteros militares durante uma operação contra jihadistas na região central do Mali, afirmou o governo da França nesta terça-feira (26/11).
Esta foi a maior perda de combatentes franceses de uma só vez desde a intervenção da França no país africano, em 2013. Até agora, 28 combatentes franceses morreram na região do Sahel, cinturão que vai do Oceano Atlântico ao Mar Vermelho e passa por vários países, incluindo o centro do Mali.
"O presidente anuncia com profunda tristeza a morte de 13 soldados na noite de 25 de novembro, em um acidente entre dois helicópteros durante uma missão de combate contra jihadistas", diz o comunicado.
As circunstâncias em torno do acidente ainda são investigadas. De acordo com a ministra das Forças Armadas da França, Florence Parly, a colisão ocorreu quando os dois helicópteros – modelos Tiger e Cougar – estavam no ar.
"Eles estavam dando suporte a comandos da Operação Barkhane que combatiam terroristas armados", afirmou a ministra, em nota.
Há seis anos, a França interveio no Mali, país da África Ocidental que foi colônia francesa até 1960, para expulsar militantes islamistas que haviam ocupado o norte e ainda usam algumas áreas do país para lançar ataques contra a região.
Desde então, Paris manteve militares na região do Sahel como parte da operação antiterrorismo Barkhane, na qual outras potências do Ocidente também forneceram fundos para uma força regional composta por soldados de Mali, Níger, Burkina Faso, Chade e Mauritânia.
O centro e o norte do Mali sofrem com a violência de jihadistas e separatistas desde o golpe militar que ocorreu em 2012. No início de novembro, 53 soldados malianos e um civil morreram em um suposto ataque terrorista.
Apesar do apoio de outros países, a França sente-se pressionada por ter de realizar operações em terra. Ao reforçar tropas africanas, Paris vislumbra uma retirada estratégica para aquele que, segundo diplomatas, é o seu maior destacamento militar no exterior, com 4,5 mil soldados.
GB/rtr/dpa
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