Tropas iraquianas avançam em Ramadi
23 de dezembro de 2015As forças iraquianas relataram nesta quarta-feira (23/12) avanços significativos na ofensiva para a retomada da cidade de Ramadi das mãos da organização extremista "Estado Islâmico" (EI), iniciada nesta terça.
O governo espera expulsar os extremistas da cidade em poucos dias, afirmou a rede de televisão estatal iraquiana, citando militares. "Nos próximos dias serão anunciadas boas notícias sobre a libertação completa de Ramadi", informou a emissora.
O comando militar dos Estados Unidos no Iraque também demonstrou otimismo quanto ao sucesso da ofensiva. "Acho que a tomada de Ramadi é inevitável", afirmou o coronel americano Steve Warren, porta-voz militar dos Estados Unidos em Bagdá. "Será uma luta árdua", alertou, acrescentando que a tomada da cidade ainda deverá levar algum tempo.
Warren afirmou que consultores militares americanos permanecem nos arredores da cidade, numa base militar que serve de campo de treinamento, para dar assistência à ofensiva das tropas iraquianas.
"Entramos no centro de Ramadi a partir de diversas frentes e iniciamos a libertação dos bairros residenciais", declarou nesta terça-feira o porta-voz dos serviços de segurança iraquianos, Sabah al-Nomane. "A cidade ficará limpa nas próximas 72 horas", acrescentou. "Não enfrentamos muita resistência, apenas alguns atiradores e terroristas suicidas. Nada de que não já não esperávamos."
As operações para a retomada da capital da província de Anbar foram iniciadas em novembro, após meses de esforços para cortar as linhas de abastecimento da cidade. A conquista de Ramadi pelo EI foi uma das mais significativas derrotas do governo iraquiano desde o início da insurgência islamista. O EI também controla Mossul, a segunda maior cidade do país, localizada entre Ramadi e Bagdá.
A TV estatal iraquiana informou também que oito líderes do alto escalão do EI morreram num ataque aéreo das tropas do governo. "Aviões F-16 mataram dezenas de terroristas e comandantes do Daesh em ataques em Hawija e Anbar", afirmou, utilizando o nome árabe do EI.
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