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Trump declara Coreia do Norte patrocinadora do terrorismo

20 de novembro de 2017

Parte da campanha americana para isolar Pyongyang em razão de seu programa nuclear, presidente diz que EUA voltarão a incluir regime em lista da qual já fazem parte Irã, Síria e Sudão. Novas sanções serão anunciadas.

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Südkorea Besuch US-Präsidenten Donald Trump
Donald Trump, durante visita à Coreia do Sul no início do mêsFoto: picture-alliance/Yonhap Agency

Em mais um episódio da escalada de tensão entre Coreia do Norte e Estados Unidos, o presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (20/11) que decidiu incluir Pyongyang na lista de países patrocinadores do terrorismo, da qual já fazem parte Irã, Síria e Sudão.

Trump fez o anúncio durante uma reunião com membros de seu gabinete na Casa Branca, após retornar de uma viagem de quase duas semanas por cinco países da Ásia, incluindo Coreia do Sul. O programa nuclear e de mísseis norte-coreano foi um dos principais temas da agenda.

O líder americano explicou que a decisão desta segunda-feira faz parte de sua "campanha de pressão máxima" para isolar o regime da Coreia do Norte em razão de sua atividade nuclear.

Além disso, antecipou que novas sanções contra o país asiático serão anunciadas nesta terça-feira pelo Departamento do Tesouro americano. Segundo o presidente, tais sanções serão as de "nível mais alto" já impostas ao regime. 

Trump sobre Coreia do Norte: "Já deveria ter sido resolvido"

Para Trump, a decisão de incluir a Coreia do Norte na lista de patrocinadores do terrorismo "deveria ter ocorrido anos atrás". Após figurar na relação por duas décadas – em razão de um bombardeio, em 1987, contra um avião sul-coreano que matou 115 pessoas –, o país foi removido da lista em 2008 pelo então presidente George W. Bush, como parte dos esforços para conter o  desenvolvimento do programa nuclear.

Em fevereiro, a Coreia do Sul havia pedido a Washington que voltasse a declarar Pyongyang patrocinadora do terrorismo em razão do assassinato de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-un, na Malásia.

Em seu anúncio, Trump apontou "atos de terrorismo" cometidos pela Coreia do Norte, incluindo assassinatos em solo estrangeiro, além de lembrar pessoas afetadas pela "brutalidade" do regime, como o estudante americano Otto Warmbier, que morreu dias depois de retornar aos EUA, em coma. Ele ficou preso durante 17 meses na Coreia do Norte.

As tensões e trocas de ameaças entre os governos em Pyongyang e Washington já se arrastam há meses. Mais recentemente, a turnê asiática de Trump gerou comentários irritados por parte da Coreia do Norte, que acusou o americano de estar "implorando" por uma guerra nuclear na península coreana.

Em passagem por Seul, Trump havia declarado que Pyongyang representa uma "ameaça global que requer ação global" e convocou todas as nações responsáveis, incluindo China e Rússia, a "exigir que o regime norte-coreano encerre seu programa nuclear", que já incluiu o teste de uma bomba de hidrogênio e lançamentos de mísseis intercontinentais.

O presidente ainda alertou, na ocasião, que os EUA estão prontos para utilizar toda sua capacidade militar para impedir que a Coreia do Norte se torne uma potência nuclear.

EK/dpa/rtr/ap/afp/efe

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