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Trump diz que considera "opção militar" contra Venezuela

12 de agosto de 2017

Presidente americano afirma que país vive uma "bagunça muito perigosa" e que ação militar é uma das opções para crise. Pentágono diz que não recebeu ordens para agir.

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Trump: "Venezuela é uma bagunça"Foto: Reuters/J. Ernst

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11/08) que não descarta uma "opção militar" como resposta à crise na Venezuela.

Em seu clube de golfe de Bedminster, em Nova Jersey, Trump disse que o país vive uma "bagunça muito perigosa".

"Nós temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar se necessário", disse a repórteres. "Temos tropas em todo o mundo em lugares muito distantes. A Venezuela não é muito distante e as pessoas estão sofrendo e morrendo."

A crise na Venezuela foi discutida por Trump numa reunião com o secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley. "A Venezuela é uma bagunça. É uma bagunça muito perigosa e uma situação muito ruim", declarou o presidente.

A afirmação foi feita dois dias depois de os EUA imporem sanções a mais oito funcionários venezuelanos, a maioria membro da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) venezuelana, por contribuírem com a erosão da ordem democrática no país. Entre eles, está o irmão do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013.

O Pentágono informou que as Forças Armadas não receberam nenhum pedido oficial da Casa Branca para intervirem militarmente na Venezuela. "O Pentágono não recebeu nenhuma ordem", disse o porta-voz Eric Pahon.

Mais de 120 pessoas foram mortas em protestos contra o regime do presidente Nicolás Maduro desde abril. Nesta quinta, Maduro declarou que está subordinado à ANC. A Constituinte tem poderes para destituir e nomear qualquer autoridade do Estado venezuelano, ditar e reformar leis, e implementar decisões sem a necessidade de passar por nenhum outro poder.

A Assembleia formada por 500 constituintes chavistas escolhidos em eleições controversas foi rejeitada pela oposição venezuelana e não foi reconhecida por boa parte da comunidade internacional. 

KG/efe/afp