Trump nomeia tenente-general para Segurança Nacional
21 de fevereiro de 2017O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou nesta segunda-feira (20/02) o tenente-general do Exército Herbert Raymond McMaster como o novo assessor de Segurança Nacional. Ele ocupa a vaga deixada por Michael Flynn, que renunciou ao cargo na segunda-feira passada.
Trump anunciou a nomeação na sala da residência de Mar-a-lago, em Palm Beach, na Flórida, afirmando que H. R. McMaster é um "homem de tremendo talento e experiência". "Ele é muito respeitado por todo mundo nas Forças Armadas e estamos honrados em tê-lo", disse o presidente.
McMaster, de 54 anos, é doutor em história militar pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill. Ele é considerado um importante estrategista militar nos Estados Unidos e um dos principais intelectuais do Exército americano, com experiência no Afeganistão e no Iraque.
Em 1997, publicou o livro Dereliction of Duty (Abandono do dever, em tradução livre), em que critica as estratégias militares americanas durante a Guerra do Vietnã. O tenente-general é também um crítico feroz da forma como o governo de George W. Bush ingressou na guerra no Iraque.
"Eu gostaria de dizer apenas que é um privilégio poder continuar servindo a nossa nação", declarou McMaster a repórteres em Mar-a-lago. "Estou ansioso para ingressar na equipe de segurança nacional e fazer tudo que eu puder para promover e proteger os interesses do povo americano."
Trump passou o fim de semana avaliando suas opções para o cargo de assessor de Segurança Nacional, que não requer confirmação pelo Senado americano. Sua primeira indicação, o vice-almirante reformado Robert Harward, rejeitou o convite na quinta-feira passada.
O tenente-general reformado Keith Kellogg, que ocupava de forma interina o posto deixado por Flynn, foi nomeado nesta segunda-feira novo chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional.
Flynn foi forçado a renunciar ao cargo após um escândalo envolvendo a Rússia. Confirmou-se que o ex-assessor mentiu para o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e para outras autoridades do governo sobre o conteúdo de seus telefonemas com autoridades russas antes da posse em janeiro.
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