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Trump pede a líderes iranianos que "não matem manifestantes"

12 de janeiro de 2020

Ruas de Teerã foram tomadas por protestos contra o governo da República Islâmica na sequência do abate de um avião ucraniano. "O mundo está de olho", disse presidente americano.

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Iran | Trauer und Proteste | Flugzeugabsturz
Manifestantes nas ruas de Teerã. Derrubada de avião ucraniano causou indignação no paísFoto: picture-alliance/dpa/Photoshot/A. Halabisaz

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,  voltou a advertir os líderes do Irã neste domingo (12/01), pedindo às autoridades do país para que "não matem os manifestantes" que estão participando de protestos antigovernamentais.

No momento, membros da tropa de choque da polícia iraniana estão reprimindo os protestos com uso de gás lacrimogênio.

 "Aos líderes do Irã -- NÃO MATEM SEUS MANIFESTANTES", escreveu Trump no Twitter, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.

 "O mundo está de olho. E, mais importante, os Estados Unidos estão de olho", prosseguiu Trump, reiterando o teor de outra mensagem, divulgada no sábado, na qual alertou o regime da República Islâmica de que "não pode acontecer outro massacre de manifestantes pacíficos".

Donald Trump referia-se às manifestações contra o aumento do preço da gasolina que aconteceram em meados de novembro no Irã e que foram fortemente reprimidas pelas autoridades iranianas. Mais de 300 pessoas morreram durante os protestos de novembro, segundo uma denúncia da Anistia Internacional.

No sábado, as agências internacionais relataram que centenas de iranianos saíram às ruas de Teerã para se manifestar contra a República Islâmica e a Guarda Revolucionária do Irã por causa do abate de um avião civil ucraniano da companhia Ukraine International Airlines (UIA).

Todas as 176 pessoas, incluindo 82 iranianos, que estavam a bordo do aparelho morreram. Na sexta-feira, as autoridades do Irã admitiram que derrubaram o avião por engano na última quarta-feira.

Os manifestantes concentraram-se inicialmente junto à entrada da Universidade de Tecnologia Amir Kabir, na capital iraniana, para acender velas em homenagem às vítimas, mas a vigília acabou se transformando num protesto contra as autoridades iranianas. Centenas de manifestantes entoaram gritos exigindo a saída de altos membros do governo.

A manifestação ficou também marcada pela detenção, durante um curto período, do embaixador britânico no Irã, Rob Macaire, por alegada participação nos protestos. O representante diplomático britânico negou ter participado de qualquer manifestação contra as autoridades.

Neste domingo, o governo do Irã convocou o embaixador para se queixar da participação do diplomata na manifestação. "Hoje, Rob Macaire foi convocado devido a seu comportamento não convencional de participar de uma manifestação ilegal no sábado", afirmou o ministério em seu site oficial.

 JPS/lusa/ots

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