Trump perde na Pensilvânia mais um recurso
29 de novembro de 2020A Suprema Corte da Pensilvânia rejeitou neste sábado (28/11), por decisão unânime, um novo recurso judicial da campanha do presidente americano, Donald Trump, alegando irregularidades nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
A ação movida por republicanos pedia que os votos por correspondência fossem anulados ou que as cédulas enviadas pelo correio fossem invalidadas e a escolha do vencedor na Pensilvânia fosse transferida para os legisladores estaduais.
O presidente eleito, o democrata Joe Biden, venceu na Pensilvânia com uma vantagem de mais de 80 mil votos.O tribunal rejeitou as duas demandas, chamando a segunda de "surpreendente", por buscar "arrebatar o sufrágio dos 6,9 milhões de eleitores que votaram na Pensilvânia".
A ação também contestava a lei aprovada em 2019 que estabelece o voto por correspondência na Pensilvânia, alegando que é inconstitucional.
"Questionamento vem tarde"
Em sua decisão, os juízes afirmaram que o questionamento da lei vinha tarde demais, mais de um ano após sua adoção, e em um momento em que o resultado da eleição "parece aparentemente evidente".
A Pensilvânia certificou a vitória de Biden em 24 de novembro.
Na sexta-feira, um tribunal federal de apelações na Filadélfia rejeitou outro recurso judicial de Trump que alegava que as eleições foram injustas no estado, argumentando que os observadores de campanha republicana não conseguiram fiscalizar as apurações de votos enviados por correio em dois bastiões democratas.
Os advogados de Trump prometeram apelar para a Suprema Corte, apesar da avaliação dos juízes de que as "reivindicações da campanha não têm mérito algum".
Série de derrotas
A campanha de Trump já sofreu uma série de derrotas judiciais em sua tentativa de negar o resultado das eleições presidenciais.
Nesta quinta-feira, presidente dos Estados Unidos afirmou pela primeira vez que deixará a Casa Branca caso o Colégio Eleitoral vote no democrata Joe Biden, embora mantenha sua tese de que houve fraude na eleição presidencial de 3 de novembro.
"Certamente o farei e vocês sabem disso", disse Trump quando um dos repórteres lhe perguntou se ele deixaria a Casa Branca caso Biden seja declarado vencedor em 14 de dezembro pelo Colégio Eleitoral. Ele afirmou ainda – embora não haja nenhuma evidência de corrupção eleitoral nos EUA –, que isso será "algo muito difícil" de admitir, porque "houve fraude massiva" na eleição presidencial.
MD/afp/efe/ap