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Tunísia define eleições presidenciais diretas para 2013

14 de outubro de 2012

Coalizão que governa a Tunísia chega a um acordo sobre eleições para presidente e parlamento no país que deu início à Primavera Árabe. Decisão deve dar mais segurança a investidores estrangeiros.

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Foto: Getty Images/AFP

A coalizão que atualmente governa a Tunísia chegou a um acordo sobre o futuro sistema político no país. Os três partidos anunciaram juntos que concordam com a realização de eleições parlamentares e presidenciais diretas no ano que vem no dia 23 de junho de 2013.

Em um comunicado, os partidos afirmam terem concordado "com um sistema político misto, no qual o presidente será eleito por sufrágio universal para um melhor equilíbrio de poder, incluindo o centro do Executivo".

Até então, o movimento islâmico Ennahda – principal partido da coalizão – vinha se colocando a favor de que o Parlamento tivesse maior poder. Os outros dois partidos – o nacional de esquerda Congresso para a República e o centro-esquerdista Ettakatol – defendiam um presidente com amplos poderes.

Estão previstos um Tribunal Constitucional, uma comissão eleitoral independente e uma comissão para supervisão da mídia audiovisual. A proposta deverá ser apresentado em novembro na Assembleia Constituinte, na qual a coalizão conta com a maioria entre os 217 assentos.

O anúncio ocorre em um momento em que o Ennahda vem sendo bastante criticado pela oposição, que acusa o partido de querer controlar o governo e evitar eleições. Acredita-se que o anúncio de uma data para as eleições deverá dissipar dúvidas de parceiros da Tunísia no Ocidente e de investidores estrangeiros, que querem entrar no mercado do país norte-africano.

A Assebleia Constituinte elegeu Moncef Marzouki para a presidência do país em dezembro do ano passado. Ele sucedeu Zine el Abidine, que foi destituído do cargo em janeiro de 2011, após várias semanas de protestos. Tais manifestações na Tunísia desencadearam a onda de protestos que se espalhou pelo norte da África e pelo Oriente Médio, a chamada Primavera Árabe.

MSB/rtr/afp
Revisão: Luisa Frey