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Turquia proíbe visita de parlamentares alemães a base aérea

15 de maio de 2017

Deputados pretendiam visitar soldados estacionados em Incirlik, no sul do país. Berlim avalia agora retirar seu contingente. Motivo para recusa é a concessão de asilo político a militares turcos pela Alemanha.

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Militares alemães na base aérea de Incirlik, no sul da Turquia
Militares alemães participam de voos de reconhecimento que partem da base aérea de Incirlik, no sul da TurquiaFoto: picture-alliance/dpa/F. Bärwald

A Turquia não autorizou a visita de vários deputados alemães aos soldados da Bundeswehr (Forças Armadas) estacionados na base aérea de Incirlik, no sul do país, informou nesta segunda-feira (15/05) a agência de notícias DPA, citando a comissão de defesa do Parlamento (Bundestag). Em resposta, o governo alemão considera retirar seus soldados da base aérea.

A visita de membros da comissão estava programada há várias semanas e prevista para esta terça-feira, mas o governo da Turquia ainda não havia se manifestado sobre o assunto. No fim de semana, o Ministério alemão do Exterior foi informado da negativa por representantes turcos. Entre os motivos alegados está a recente concessão de asilo político a militares turcos pela Alemanha.

A decisão eleva ainda mais a crescente tensão nas relações entre a Alemanha e a Turquia, dois parceiros na Otan. Além das concessões de asilo pela Alemanha, a detenção, numa prisão turca, do jornalista teuto-turco Deniz Yücel e as campanhas pró-referendo constitucional na Turquia em solo alemão ajudaram a estremecer as relações.

A Bundeswehr participa dos ataques à milícia jihadista "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque com voos de reconhecimento que partem de Incirlik, onde estão cerca de 260 militares alemães. Em 2016, a Turquia já havia impedido a visita de deputados alemães ao local. Após meses de negativas, eles puderam afinal viajar em outubro. Na época, o motivo para a proibição fora o reconhecimento, pelo Bundestag, de que o massacre cometido pelo Império Otomano contra os armênios foi um genocídio.

AS/dpa/dw