1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Mais apoio

13 de agosto de 2011

Responsáveis pelos parques esperam atrair mais visitantes e patrocinadores para implementar projetos de preservação e educação ambiental. Florestas são habitat de espécies típicas da flora e fauna europeia.

https://p.dw.com/p/12Fkl
Poucos trechos das florestas originais ainda permanecem
Poucos trechos das florestas originais ainda permanecemFoto: picture-alliance/dpa

A Unesco declarou recentemente cinco florestas alemãs de faia – plantas típicas de zonas temperadas – como Patrimônio Cultural da Humanidade. O título as inclui na mesma lista de bens naturais a serem preservados na qual estão o Grand Canyon (Estados Unidos), a Grande Barreira de Corais (Austrália) e as Ilhas Galápagos (Pacífico). Com o título, responsáveis pelos parques agora esperam atrair mais visitantes e conseguir apoio financeiro para custear projetos de preservação e educação ambiental.

Apenas fragmentos das florestas de faia primitivas sobreviveram até os dias atuais. Desde que passou a valer o tombamento destes espaços, no entanto, está proibido o uso de qualquer uma das árvores da floresta, inclusive os carvalhos e os pinheiros que crescem nos locais. As autoridades também estão trabalhando no repovoamento de um quilômetro quadrado dos 6 mil hectares de verde com suas espécies animais originais. O objetivo é ensinar crianças sobre a importância das florestas para o ecossistema.

A volta das lontras

Lontras canadenses são exceção no repovoamento da reserva
Lontras canadenses são exceção no repovoamento da reservaFoto: Nationalpark Kellerwald-Edersee

Há alguns anos era comum ver lontras em rios e córregos em toda esta parte da Europa. No começo do século 20, porém, grande parte destes animais morreram em consequência do uso excessivo de pesticidas poluentes. Algumas ainda acabaram sendo vítimas de caçadores interessados em sua pele. A União Internacional pela Preservação da Natureza (IUCN) reconhece desde 2001 que estas espécies estão perto de serem consideradas "ameaçadas" de extinção.

A política implementada pelo parque quer repovoar a reserva com espécies típicas europeias que já viveram nestas florestas. Mas para as lontras foi aberta uma exceção: as que se encontram na região atualmente vieram, na verdade, da América do Norte.

"Após várias discussões, decidimos trazer lontras canadenses porque são menos propensas a ficar doentes do que as espécies europeias", explicou o diretor do Kellerwald-Edersee National Park, no estado de Hesse, Albert Hernold. Este parque é uma das poucas florestas primitivas remanescentes na Alemanha.

Nem Otto nem Finnchen – nomes dados às lontras vindas do Canadá – precisaram ser vacinadas desde que foram trazidas, de acordo com o cuidador florestal. Este ano elas se reproduziram. Os dois filhotes do casal são a sensação entre os visitantes do parque.

Outras duas espécies da América do Norte que também ganharam novo lar no parque alemão foram os lobos – outra exceção no critério de trazer apenas animais locais. "Recebemos os lobos canadenses por causa de variação de sua cor e por seu comportamento", justificou Hernold.

Os animais ficaram bastante populares. Mesmo assim, os responsáveis pelo parque decidiram substituí-los por outros vindos da Polônia. Afinal a ideia é manter a política de trazer espécies europeias sempre que possível.

O gigante da floresta

Bisão europeu é o maior mamífero do continente
Bisão europeu é o maior mamífero do continenteFoto: picture-alliance/ dpa

O animal mais espetacular e imponente da floresta, no entanto, é o bisão europeu, o maior mamífero sobrevivente do continente. Segundo a IUCN, este animal típico das florestas por pouco não entrou em extinção no início do século 20 devido aos excessos da caça e à perda de seu habitat natural.

Os esforços para salvá-lo começaram logo após a Primeira Guerra Mundial, com 54 animais em cativeiro. Em 1996, o bisão europeu ainda era considerado em vias de extinção. O quadro só passou a mudar em 2006.

Com seus três metros de comprimento, em média, e dois metros de altura – podendo pesar até 920 quilos –, este bicho peludo e feroz pode representar um perigo para os visitantes. "Eles são muito ferozes e fazem de tudo para proteger seus filhotes. Por isso, eles são deixados em cercados seguros", disse Harnold.

Enquanto o bisão oferece risco aos humanos, animais menores podem ser uma ameaça para as árvores de faia. Cervos machos, que percorrem os espaços verdes livremente, frequentemente esfregam seus chifres contra as árvores para atrair as fêmeas e marcar território – mas acabam danificando as plantas. Os cuidadores florestais precisam tratar as partes destruídas e, para evitar mais problemas, protegem as árvores colocando cercas em torno delas.

Escolas da natureza

Der Edersee ist am Montag (24.05.2004) zwischen Bringhausen und Asel durch die Bäume des Nationalparks "Kellerwald-Edersee" zu sehen. Hessens erster Nationalpark wird am 25. Mai am nordhessischen Edersee eröffnet. Damit endet ein jahrzehntelanger Streit um das einzigartige Buchenwaldgebiet 50 Kilometer südwestlich von Kassel. In dem 5700 Hektar groflen Park soll die Natur und nicht der Mensch künftig den Vorrang haben. Der Nationalpark "Kellerwald-Edersee" ist der 15. in Deutschland. In dem Wald werden Gebiete geschaffen, in denen der Mensch keine Hand mehr anlegt und die auch nicht mehr öffentlich zugänglich sind. Foto: Uwe Zucchi dpa
Crianças aprendem a preservar a natureza em KellerwaldFoto: picture alliance / dpa

Crianças em idade escolar são levadas ao parque para aprender ao ar livre um pouco mais sobre animais e florestas. Elas também visitam uma escolinha aberta no ano passado em que, com aulas hi-tech e até um cinema, elas aprendem um pouco sobre a vida da fauna e da flora nas florestas de faia.

O objetivo é que cada turma da região visite a escola e os animais do parque pelo menos uma vez no ano, a fim de que possam aprender um pouco mais sobre o meio ambiente e, assim, possam ajudar a preservá-lo.

Todo o projeto foi orçado em 2,3 milhões de euros. No entanto, com o atual cenário financeiro mundial, não está sendo fácil encontrar financiadores. "Não temos condições de construir um espaço moderno para nossos felinos porque não temos 250 mil euros necessários para tocar o projeto", conta Hernold.

Os gestores esperam que o status de "Patrimônio da Humanidade", recentemente concedido, possa ajudar a atrair mais visitantes e apoio financeiro, inclusive da União Europeia.

Autor: ChipondaChimbelu (ms)
Revisão: Marcio Damasceno