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Ucrânia cobra sanções da UE contra Schröder

19 de março de 2018

Ministro do Exterior do país acusa ex-chefe de governo alemão de ser lobista de Putin no exterior. Político social-democrata trabalha para estatal russa e é considerado amigo pessoal do presidente russo.

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Ex-chanceler alemão, Gerhard Schröder
Ex-chanceler alemão, Gerhard Schröder Foto: picture-alliance/dpa/P. Pleul

A Ucrânia acusa o ex-chanceler federal alemão Gerhard Schröder de fazer lobby para a Rússia e pede que a União Europeia adote, por isso, sanções contra o político social-democrata.

"É importante que haja sanções contra aqueles que promovem os projetos de (Vladimir) Putin no exterior", disse o ministro ucraniano do Exterior, Pavlo Klimkin, em entrevista publicada nesta segunda-feira (19/01) pelo tabloide Bild.

Klimkin afirmou que Schröder é o lobista mais importante do mundo para o presidente russo. "Por isso, deveria ser avaliado como a UE pode agir quanto a isso", propôs.

O eurodeputado da CDU Elmar Brok disse ao Bild considerar um escândalo que um ex-chanceler alemão defenda os interesses de Putin. "E é incrível que até agora ainda não tenha havido consequências", lamentou.

O deputado Omid Nouripour, do Partido Verde, cobrou, durante entrevista à TV, uma "posição clara" do ministro do Exterior alemão, Heiko Maas, em relação a Schröder, de quem é colega de partido.

O político verde, entretanto, é contra sanções como as sugeridas pelo ministro do Exterior ucraniano, argumentando que o ex-chanceler, como presidente do conselho de administração da estatal petrolífera russa Rosneft, não está ativamente envolvido nas atividades cotidianas do conglomerado.

Após deixar o cargo como chanceler, em 2005, Schröder foi contratado pela empresa Nord Stream – subsidiária da gigante russa do setor energético Gazprom. A companhia planeja um gasoduto da Rússia diretamente para a Alemanha, através do Mar Báltico. Em 2017, Schröder se tornou presidente do conselho de administração da Rosneft.

A relação de Schröder com Vladimir Putin e os russos é constante causa de controvérsia e irritação no próprio partido do ex-chefe de governo alemão, o SPD. Há anos que o ex-chanceler federal alemão cultiva uma relação próxima com o chefe do Kremlin. Ele, que uma vez se referiu a Putin como um "democrata impecável", já trabalhava para a gigante do gás Gazprom antes de comandar o conselho de administração da Rosneft.

MD/dpa/rtr

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