UE avança em suas negociações pela paz no Oriente Médio
14 de fevereiro de 2002Dando seqüência a sua viagem pelo Oriente Médio, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Joschka Fischer, encontrou-se com o ministro da Defesa de Israel, Benjamin Ben-Elieser, nesta quinta-feira (14). Paralelamente a seu colega de pasta inglês, Jack Straw, Fischer age como mediador das relações Israel-Palestina. Seu principal objetivo é "diminuir a violência de ambos os lados".
Joschka Fischer descreveu a situação no Oriente Médio como "muito séria". Ele afirmou que é necessário encontrar uma solução para acabar com a violência, e que todos estão convidados a dar a sua colaboração para encontrar a "chave que reabrirá a porta para o processo de paz. Assim como os Estados Unidos e a União Européia, a Jordânia e Egito também desempenham um papel importante para as negociações no Oriente Médio, relembrou o ministro.
Antes de deixar o Egito, onde se encontrou com o presidente Hosni Mubarak, Fischer apelou para que os membros da União Européia se unam pela solução dos conflitos na região. De sua agenda em Israel, constam ainda encontros com o ministro do Exterior, Shimon Peres, e o primeiro-ministro Ariel Sharon. Contudo este último poderá ser cancelado, devido à forte gripe do chefe de governo israelense.
Mais pressão sobre Arafat
Assim como os americanos, os europeus começam a pressionar o presidente palestino. O ministro inglês Jack Straw afirma que "antes de mais nada, é preciso que Yasser Arafat se engaje na luta contra o terror". Segundo ele, esta seria a única maneira de dar um fim ao terrorismo e à violência na região.
Os Estados Unidos continuam vendo no presidente palestino um parceiro de negociações, apesar dos esforços de Israel para isolá-lo. Segundo o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, a era Arafat ainda não acabou e ele continua sendo o presidente eleito para o governo autônomo da Palestina.
A questão Iraque
Nesta quinta-feira, Joschka Fischer também exigiu que o Iraque permita o reinício da inspeção periódica de seu arsenal militar pela ONU, para controlar a produção de armas químicas, biológicas e nucleares. As vistorias estão suspensas desde 1998. Segundo o ministro alemão, Bagdá deve cumprir fielmente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Os europeus, porém, não apóiam a intimidação norte-americana, que ameaçam iniciar uma guerra contra o Iraque, caso não sejam cumpridas as determinações do acordo de cessar-fogo da Guerra do Golfo. Os Estados Unidos suspeitam que o Iraque esteja patrocinando o terrorismo e abrigando membros treinados de diversas organizações inimigas.