UE já tem vacina para 70% da população adulta
10 de julho de 2021
A União Europeia (UE) atingiu o objetivo de ter doses suficientes para vacinar 70% de sua população adulta contra a covid-19. O anúncio foi feito neste sábado (10/07) pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O programa de compra conjunta de vacinas da UE, administrado pela Comissão Europeia, tem no momento 330 milhões de doses da vacina da BioNTech-Pfizer, 100 milhões da AstraZeneca, 50 milhões da Moderna e 20 milhões da Johnson & Johnson. Juntos, os países da UE tem cerca de 366 milhões de adultos.
A responsabilidade pela administração das doses é dos governos dos 27 Estados-membros, e a variação na taxa de vacinação se deve ao fato de que alguns países têm programas mais rápidos que os outros.
Diante da pandemia, no ano passado a Comissão Europeia - que anteriormente desempenhava um papel secundário na política de saúde comunitária - interveio para coordenar um programa conjunto de aquisição de vacinas para os membros.
A UE foi inicialmente criticada pela sua lentidão em reagir e negociar contratos com os laboratórios. Quando a produção de vacinas ainda era reduzida, algumas empresas, como a AstraZeneca, não garantiram as entregas que a UE esperava.
"Este fim de semana, entregamos vacinas suficientes aos Estados-membros para imunizar totalmente pelo menos 70% da população adulta neste mês. Até amanhã [domingo], cerca de 500 milhões de doses terão sido distribuídas em todas as partes da Europa", disse von der Leyen.
"A Covid-19 ainda não foi derrotada. Mas estamos prontos para continuar a fornecer vacinas - também contra novas variantes. Agora os Estados-membros devem fazer tudo o que puderem para garantir que a vacinação progrida. Assim estaremos todos seguros", prosseguiu.
De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, apenas 44,1% dos adultos com mais de 18 anos estão totalmente vacinados na União Europeia.
A UE também contribui para o mecanismo Covax de entrega de doses a países menos desenvolvidos e já pré-encomendou vacinas para os próximos anos, em antecipação à expansão de novas variantes do coronavírus.
rpr (AFP, Lusa)