Ampliação da UE
6 de novembro de 2007A cooperação do governo de Belgrado para a captura do suposto criminoso de guerra Ratko Mladic levou a Comissão Européia a decidir-se pela conclusão de um acordo de cooperação entre a União Européia (UE) e a Sérvia, já a partir desta quarta-feira (07/11).
A decisão foi tomada pelo comissário europeu de Ampliação, Olli Rehn, após uma conversa com a promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), Carla del Ponte. As negociações do acordo de associação, que serve de porta de entrada para a filiação à UE, estiveram congeladas por 13 meses.
No tocante às negociações de filiação dos demais países dos Bálcãs (Croácia, Macedônia, Albânia, Montenegro, Bósnia-Herzegóvina), Rehn freou as expectativas de um rápido processo de integração ao bloco. Mesmo a Croácia, que tem uma economia forte, foi criticada por Bruxelas por não combater suficientemente a corrupção.
Segundo a Comissão, é grande a necessidade de reformas nesta região, por isso Bruxelas não lhes nega perspectivas de filiação, mas ao mesmo tempo não vê condições de iniciar negociações imediatas. Críticas à TurquiaDois anos após o início das negociações de filiação da Turquia, a União Européia advertiu o governo de Ancara devido ao atraso no processo de reformas. Segundo Olli Rehn, ainda há déficits na concepção de liberdade de opinião e de imprensa e no tocante aos direitos dos curdos e outras minorias.
Também as faltas de liberdade de religião e de controle civil nas Forças Armadas foram citadas como problemas da Turquia no processo de aproximação com Bruxelas. Por outro lado, as eleições turcas de meados do ano foram elogiadas como "justas e livres".
Em seu relatório, a Comissão Européia aconselha o prosseguimento das negociações de filiação, pois a Turquia é a "interconexão extraordinária" entre os mundos muçulmano e ocidental e um possível parceiro imprescindível para o abastecimento de energia na Europa. Em relação à ameaça de uma ofensiva turca contra rebeldes curdos do PKK no Iraque, Rehn pediu maior cooperação entre os governos de Bagdá e de Ancara. Ao mesmo tempo, a Comissão exigiu que Ancara fortaleça os direitos dos curdos na Turquia. (rw)